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Cristina Palmaka quer difundir portfólio da SAP no mercado

Nos últimos cinco anos a SAP vem num processo de transformações talvez nunca antes visto na companhia. Como lembra Cristina Palmaka, presidente da subsidiária brasileira, no período, foram mais de US$ 20 bilhões em aquisições que culminaram numa virada no portfólio da empresa, antes amplamente focada em ERP, mas que hoje vê a maior parte dos seus negócios sendo gerados via plataforma Hana, CRM, SuccessFactors, entre outros. O componente computação em nuvem ganhou força e já passa ser a primeira opção de oferta ao cliente como modelo de compra, mostrando uma SAP bastante diferente de alguns anos atrás. Até por conta dessa movimentação, o foco em 2015 será entrar de vez no centro do negócio, como resume a própria executiva.

“Já entramos e queremos continuar impactando o digital, e-commerce, RH, ir realmente no centro do negócio”, afirmou Cristina, em almoço com jornalistas e analistas em São Paulo. Ao fazer um balanço de 2014, a executiva conta que foi um ano de muita espera – Copa do Mundo, Eleições, nova equipe econômica – e que a expectativa é que as coisas fluam melhor no próximo ano. Mesmo a previsão de crescimento pequeno para 2015 não assusta e nem reduz as previsões de avanço, cujos números não foram compartilhados. “Os indicadores mostram desafio, é um crescimento pequeno, mas não é retração e para o nosso segmento tem oportunidades.”
Oportunidades essas, aliás, que devem ser bastante exploradas, sobretudo, em três grandes verticais: varejo, finanças e governo. “No setor público já crescemos neste ano apesar da incerteza. Vendemos RH, folha e continuaremos com isso, dentro de uma estratégia de estarmos mais próximos e conhecer as necessidades do governo”, comentou. Já em varejo e finanças, a ideia é ir para o core do negócio, com projetos de mobilidade, CRM, Hana, entre outros, mesmo porque, a maioria das grandes empresas já é cliente da fabricante.
Nesses grandes clientes a companhia tem vendido um volume maior de projetos que contemplam os novos produtos, principalmente versões de software rodando em nuvem. E para esse tipo de negócio, a expectativa é de avanço mais acentuado em 2015, uma vez que no primeiro trimestre começará a operar o data center local da fabricante, com oferta do sistema para recursos humanos SuccessFactors.
Até por conta dessa reconfiguração e de um destaque maior aos novos produtos, o desafio da SAP, como confidenciou Cristina, ainda passa por fazer com que as pessoas não associem a marca da companhia apenas ao ERP. “Estávamos fechando um contrato de mobilidade com um banco e quase não assinam porque o executivo não conhecia nosso portfólio de mobilidade”, lembrou. Em outro cliente, a executiva disse que passou por situação parecida. A reunião era com o CEO e o executivo entrou na sala achando que haveria uma abordagem de ERP, quando soube que era um projeto de gestão de talentos, apresentado pela própria Cristina, até a expressão do cliente mudou.
“Independentemente da economia, vamos com duas frentes: a primeira com soluções que ajudem a empresa a vender mais, gerar mais receita, como omni-channel; e a segunda abordagem com soluções focadas em mais eficiência operacional, envolvendo até Ariba”, assinalou Cristina, mais uma vez sinalizando o trabalho que será feito para difundir o portfólio cada vez mais amplo da SAP.

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