CPqD substitui e-mail por plataforma de rede social

Muitas empresas se questionam sobre o uso das redes sociais durante o expediente, algumas criam regras rígidas e outras simplesmente liberam. Mesmo tendo estatísticas que dizem que as redes sociais são responsáveis por interrupções na rotina de trabalho, nem todas as corporações veem o uso das ferramentas como inimigo. Algumas acreditam que o uso desses sites traz melhora à integração entre os colaboradores e aumenta a velocidade da comunicação interna.
Esse é o caso do CPqD que, vislumbrando o ambiente virtual, investiu na criação de uma rede social interna. “No CPqD, que tem a pesquisa e a inovação em seu DNA, não bloqueamos o uso, pelo contrário, incentivamos o engajamento de todos os colaboradores nas mídias sociais”, explica Mauricio Vianna, gerente de TIC da organização.
A necessidade surgiu da falta de integração na comunicação, que privilegiava a troca de informações e colaboração por e-mails, em grupos nem sempre estruturados. “Percebíamos que a informação ficava restrita a pequenos grupos, impedindo que a organização se beneficiasse do potencial do conhecimento gerado interna e externamente”, explica Vianna.
Para isso, buscou a plataforma Google+, que, com comunidades específicas, seria capaz de promover a discussão em nível corporativo. Depois de definir e habilitar a ferramenta, a empresa desenvolveu as políticas de uso e mapeou ações e campanhas internas da organização para, então, criar comunidades no Google+. Surgiram dezenas delas que abrangem discussões sobre estratégia, técnicas, inovação e meio ambiente.
Segundo Vianna, o desafio foi potencializar o uso da ferramenta. “Após a estruturação, toda a comunicação interna passou a incentivar e provocar os colaboradores a participar das comunidades”, conta, lembrando que cada diretoria e cada gerência foi incentivada a criar seus próprios grupos de discussões. O projeto iniciou no primeiro semestre de 2013 com três comunidades. “A quantidade de posts, que não chegava a uma dezena ao mês antes do piloto, passou a 300 após o piloto e mais de 700 em setembro de 2014”, pontua. Hoje, são mais de 50 comunidades e a estratégia é não restringir a criação para incentivar a troca de informações.