Fundos corporativos investiram R$ 800 milhões em startups no ano passado
Cerca de dois terços das iniciativas de Corporate Venture Capital no Brasil veio de companhias multinacionais, aponta estudo

O ano de 2019 foi muito importante para o Corporate Venturing no Brasil. De acordo com o estudo Distrito Corporate Venture Capital, o ano passado foi o ano com mais participação dos CVCs, que investiram quase R$ 800 milhões em startups aqui no Brasil, sendo que o setor Financeiro e de Varejo são responsáveis pela maior quantidade de investimentos realizados por corporações.
O estudo é resultado de uma pesquisa que mapeou mais de 90 players e iniciativas focadas em CVC e foi realizado em conjunto com a Valetec Capital. Entre as descobertas, o que chamou a atenção foi que as fintechs são as preferidas pelas corporações seguidas por startups de T.I. e retailtech.
A maior rodada realizada ocorreu no investimento do BV na fintech Banco Neon, e também contou com a participação da General Atlantic, Mabi, Monashees, Omidyar Network, Propel e Quona Capital. Por ser um investimento estratégico, a maioria das empresas prefere realizar o investimento de forma solitária. Apenas 33% dos investimentos realizados contou com a participação de outros investidores na mesma rodada, como fundos de Venture Capital, outras corporações ou investidores-anjo.
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Veja alguns destaques do estudo Distrito Corporate Venture Capital:
- Cerca de dois terços das iniciativas de Corporate Venture Capital vêm de companhias multinacionais
- Fintechs são as preferidas pelas corporações seguidas por startups de T.I. e retailtech;
- Estágio Seed é o preferido para aportes de CVCs;
- Series C é o estágio com maior volume de investimentos,enquanto Seed é o com a maior quantidade de deals;
Em 2020, três players se destacaram em número de aquisições de startups até o momento neste ano. Eles são:
- Magazine Luiza (Estante Virtual, Hubsales, InLoco Media, AiQFome e Stoq)
- Sapore (Lucco Fit, Shipp, Zaitt)
- XP Investimentos (Antecipa, Dm10, Fliper)
Neste ano, a marca de 102 fusões e aquisições de startups no Brasil – não necessariamente realizadas por grandes empresas. Com isso, 2020 já se consagra como o ano com mais operações deste tipo.
Além disso, startups com modelo de negócio exclusivamente voltado para o B2B são as preferidas nos investimentos realizados pelas corporações, atraindo 54,9% do número de aportes realizados. Vale destacar que 74,7% das investidas apresentavam parcialmente uma solução voltada para o público B2B.