O Gartner vê futuro na comunicação máquina a máquina, com robôs ou bots. “Uma conversa em linguagem natural entre duas máquinas pode ser compreendida por um ser humano, o que melhora tanto a segurança quanto a robustez”, afirma em um relatório recente.
“As melhorias no processamento em linguagem natural estão permitindo o uso de tecnologias habilitadas por voz como uma interface credível e freqüentemente preferida pelos usuários finais”, explica Emil Berthelsen, analista da consultoria. Isso inclui as interações dos consumidores com os dispositivos de IoT. Mas esses não são os únicos cenários possíveis.
Máquinas que comunicam pela voz com outras máquinas já estão sendo usadas na Índia. A empresa de transporte Shuttl utiliza uma solução para facilitar o embarque de passageiros em seus ônibus. Em vez de digitalizar um dispositivo com um código de barras ou usar Near Field Communications (NFC), os passageiros da Shuttl usam seus smartphones para transmitir um som tipo R2D2 para o telefone do motorista. Um aplicativo envia um som melódico e rápido que conclui a transação. Ele não precisa de conectividade sem fio – ou de paciência.Tudo é rápido e eficiente.
A tecnologia é feita por uma empresa sediada no Reino Unido chamada Chirp, e destina-se ao mercado business-to-business. A solução emite dados usando som, e isso permite que qualquer aplicativo, produto ou serviço com um microfone ou alto-falante comece a falar máquina a máquina, disse James Nesfield, CTO da Chirp. Ele chama a tecnologia de “código de barras sônico” (“sonic barcode”), mas pode ser bem mais do que isso.
O sistema da Chirp pode personalizar a interação, que pode transmitir de 50 a 100 bits de informação a cada segundo. A conversa, audível ou ultra-sônica, pode ser de ida e volta (bidirecional, portanto). A transmissão típica leva cerca de dois segundos, e pode ser personalizada para qualquer distância. Também pode ser transmitida por qualquer equipamento, sem conexão, emparelhamento ou configuração, diz o fornecedor.
A empresa fornece um SDK e concentra-se em ser a camada de transporte. Os desenvolvedores podem criptografar os dados que estão sendo envidos.
Mas alguns analistas de mercado são céticos quanto a aplicabilidade do sistema.
“Vai substituir algo que já está sendo feito?” , pergunta Jeff Orr, analista da ABI Research. Ele não vê o método da Chirp necessariamente substituindo scans de códigos, embora toda qualquer solução tenha ‘la seus problemas. Condições ruins para foco ou mesmo de iluminação podem às vezes atrasar o reconhecimento de QR Code, por exemplo.
O que pode ser um grande desafio em outros mercados, como o dos EUA.
“As empresas podem já estar fazendo uso da tecnologia NFC, ou de
leitura de QR code, impedindo que o sistema da Chirp seja uma solução
economicamente viável nesse momento”, disse Rob Enderle, analista do
Enderle Group. Isso aconteceu com os cartões co chip em relação aos
cartões com tarja magnética.
No caso do sistema da Chips, no entanto, há um diferencial importante: ele não
requer a troca de toda uma base instalada de dispositivos fícios.
Aproveita os já existentes. O que pode ser um trunfo e tanto.
“De fato, em uma aplicação de ponta a ponta, como a da companhia indiana de transporte, a história pode ser diferente, argumenta o analista.
Baseada em em Deli,a empresa de transporte faz aproximadamente 15 mil viagens diárias. Usava um bilhete com código de barras para identificação dos passageiros. Este serviço era muito lento. A tecnologia NFC não estava disponível em muitos dos dispositivos dos clientes, e a companhia acreditava que os QR codes eram muito difíceis de serem verificados.
Deepanshu Malviya, co-fundador do Shuttl, explica que os detalhes de
embarque são enviados para o smartphone do motorista do ônibus “através
de sinais sonoros, o que é ativado pressionando o botão no app. Este
mecanismo permite a recuperação de dados muito mais rápido do que os
métodos tradicionais de QR code ou digitalização do número do cartão de
embarque”, disse ele em uma entrevista por e-mail.
Sistemas de transporte em todo o mundo são, em grande parte, “ainda intocados pelas últimas tecnologias”, disse Malviya. “Esta é possivelmente a primeira adoção em grande escala de uma tecnologia baseada em som na Índia.” E pode ser um caso de uso exemplar para outras empresas de transporte urbano em todo o mundo.
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