O mercado de venda de smartphones está a todo vapor. A indústria fechou o ano de 2014 com crescimento de 55% com relação a 2013, de acordo com o estudo IDC Mobile Phone Tracker Q4, realizado pela IDC Brasil. Isso representa a venda de 54,5 milhões de dispositivos comercializados de janeiro a dezembro, ou cerca de 104 celulares por minuto, contra os 35,2 milhões de 2013.
O último trimestre, em especial, registrou recorde de vendas: 16,2 milhões de smartphones vendidos, 43% mais que o registrado no mesmo período no ano anterior. Para Leonardo Munin, analista de pesquisas da IDC Brasil, a Black Friday foi a principal responsável pelo bom desempenho – ele ressalta que as vendas de 2014 aumentaram 600% em relação a 2013. Para este ano, a expectativa é de que os números cresçam ainda mais, com projeção de cerca de 63,3 milhões de aparelhos vendidos, ou 16%.
Ainda de acordo com Munin, o mercado de smartphones foi o único que apresentou resultado positivo, se comparado com outras categorias de dispositivos móveis. E o seu desempenho poderia ter sido ainda melhor se não fosse por fatores como a Copa do Mundo, o Carnaval fora de época, as eleições e a alta do dólar, que influenciaram diretamente nos resultados, segundo o executivo.
Ao somar os feature phones – os modelos mais básicos – o mercado de celulares no Brasil registrou alta de 7%, ou 70,3 milhões de dispositivos comercializados no total. Por conta disso, o País preencheu a quarta posição entre os maiores mercados do mundo, atrás somente da China, dos Estados Unidos e da Índia, de acordo com o estudo.
4G
A IDC indica que cerca de 15% dos aparelhos vendidos tinham acesso à tecnologia 4G. Para 2015, a expectativa é de que haja aumento entre 30% e 35% nesse quesito. Munin acredita que os intermediários e os dual-sim serão os destaques desse mercado.
Comportamento
Ainda de acordo com o especialista, os brasileiros estão analisando melhor a questão custo-benefício quando vão adquirir um smartphone e, por conta da facilidade proporcionada pelo parcelamento das compras, os clientes estão optando por dispositivos intermediários.
Além disso, apesar de ser um país emergente, o Brasil atua como um desenvolvido, concentrando 95% do mercado em seis grandes marcas – o que pode ser um desafio para os novos players, tanto nacionais quanto estrangeiros, que almejam se estabelecer no País, afirma o especialista.