A automatização de processos gerenciais em ambientes fabris tem sido o foco para empresas em todo o mundo, à medida que a tecnologia avança e a Manufatura 4.0 se torna mais presente na indústria. A chamada Quarta Revolução Industrial requer investimentos em tecnologia de ponta e pioneirismo na adaptação de funções; o advento da Internet das Coisas, ou IoT, é um dos caminhos para desbloquear o potencial de produção com a interconexão necessária entre processos e informações para a máxima eficiência no gerenciamento.
Por exemplo, uma linha de produção depende da execução de tarefas de forma padronizada e sincronizada para evitar gargalos na entrada de materiais, na montagem ou na saída dos produtos. Esta área é onde a maior parte da IoT está sendo implementada. Máquinas prontas para essa tecnologia podem monitorar e prever problemas potenciais em tempo real. Isso significa menos paralisações no processo e maior eficiência de uma forma geral. Além disso, é possível gerenciar o inventário através de sensores, onde a IoT pode cuidar das encomendas de suprimentos antes que os estoques acabem. Isso diminui o desperdício, ao mesmo tempo que mantém os insumos necessários em estoque e libera os funcionários para se concentrarem em outras tarefas que demandam complexidade.
Outra preocupação recorrente é o custo envolvido na adaptação dos processos e das estruturas de manufatura para receber essas tecnologias. Neste ponto, cabe considerar o fato de que essa implementação requer tempo. A saída é calcular o ganho gerado pela otimização de recursos decorrente da IoT a médio prazo, levando em conta que a substituição periódica de equipamentos obsoletos já é uma variável do orçamento das empresas.
Também é preciso considerar que, vista hoje como o próximo passo, dentro de poucos anos a Internet das Coisas será nativa em um ambiente fabril. A Anatel estima que os investimentos com IoT no Brasil devem atingir R$ 200 bilhões até 2025. A indústria como um todo tende a se adaptar a essa tecnologia, tornando inviável pensarmos em linhas de manufatura sem esse recurso.
Com a escalada do investimento na implementação do IoT, assim como outras tecnologias emergentes em linhas de produção em todo o mundo, está claro que este não é mais um passo futuro. A Manufatura 4.0 já é uma realidade, e as indústrias devem estar preparadas para assimilar a IoT como uma mudança imediata que traz ganhos em qualidade, produtividade e otimização de recursos. Essa interconexão não é mais apenas uma previsão e já deve ser pensada como pré-requisito para indústrias de todos os segmentos e portes.
*Ricardo Tiltscher é Diretor da Cadeia de Suprimentos, Serviços e Satisfação do Cliente da Lenovo Brasil
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