Otimizar o tráfego de dados e tornar mais eficiente a comunicação entre pontos de rede eram os principais objetivos do Sebrae do Rio Grande do Sul, que se via limitado por serviços de rede prestados por operadoras. O crescimento tanto físico quanto digital da companhia, com cada vez mais dados compartilhados na rede, exigia uma solução para aumentar o desempenho e acesso a todas aplicações externas com largura de banda mais disponível. Em busca de atender esses requisitos, além de redução de custos, a empresa iniciou em 2011 a implementação da solução de otimização de WAN, da Riverbed.
Com a plataforma SteelHead, o Sebrae potencializou a performance da rede de longa distância em todas as suas unidades regionais – ao todo são 17, com cerca de 250 usuários compartilhando dados. Roberto Woltmann, gerente de TI da companhia, comemora a melhora no desempenho da aplicação e otimização do tráfego de dados por meio da rede MPLS (Multi-Protocol Label Switching, na sigla em inglês), aumentando a comunicação e produtividade dos usuários. E, sobretudo, o fim da dependência de serviços de operadoras.
“O serviço provido pelas operadoras, para uma ampliação como a que precisávamos, tinha custos elevados e precisaríamos, em uma tecnologia de MPLS, expandir nosso núcleo dentro da sede para atender capacidade gerada principalmente pelo aumento da digitalização de atividades”, explica o executivo, em entrevista ao IT Forum 365.
Por isso, Woltmann conta que o foco foi ir ao mercado em busca de alternativas para não ficar dependendo de custos elevados com operadoras e novas tecnologias. “Encontramos com a Riverbed essa opção de otimização de WAN para superar essas dificuldades.”
O Sebrae calcula um retorno de investimento (ROI) de 338% durante um período de três anos, o que viabilizou a ampliação do projeto em etapas.
Fases
Antes do projeto, a estrutura de conexão de rede (link de dados) do Sebrae havia atingido capacidade máxima, fazendo com o que o departamento de TI precisasse tornar seus links de dados mais disponíveis para aumentar a performance no acesso aos sistemas, acelerar e otimizar a rede MPLS, aumentar a visibilidade da infraestrutura e analisar se os recursos da instituição estavam sendo utilizados da forma mais eficiente.
O projeto teve três fases. A primeira, em 2011, foi um piloto na unidade regional de Caxias do Sul, na serra gaúcha, cidade localizada a 130 km da capital Porto Alegre. A melhora foi significativa e, dois anos depois, três novos equipamentos foram adicionados para ampliar o projeto em outras unidades regionais.
Woltmann conta que, à medida que o micro empreendedorismo foi avançando no Brasil como um todo, o crescimento foi refletido nos negócios do Sebrae, por isso um aumento expressivo no tráfego de dados entre as unidades. “Tínhamos uma demanda crescente dos escritórios com mais usos de aplicações, principalmente de recursos de comunicação e videoconferência. Pela característica de funcionamento do Sebrae, fazemos muita comunicação entre nossos pontos por meio de vídeo, voz e muitos sistemas concentrados na estrutura da sede ou da nuvem”, explica.
Em 2015 o terceiro ciclo foi focado em atualização da tecnologia para suportar o uso de tráfego de dados, além de relocação de equipamentos entre unidades e escritórios menores. “Hoje temos praticamente todos nossos escritórios cobertos com otimizador de WAN. Isso nos dá muita segurança, pois a TI precisa se despreocupar com questões de infraestrutura e limitações de Telecom”, pontua.
Tráfego HTTP
O caso de tráfego HTTP (Hypertext Transfer Protocol, na sigla em inglês) mostra a importância do projeto para a instituição. Como a maioria dos sistemas são web e trafegam HTTP, esse tipo de tráfego é muito significativo para a companhia. Atualmente, este tráfego corresponde a aproximadamente 75% do total, sendo que a média de redução deste tráfego específico gira em torno de 85%, alcançando picos de redução de 90%.
Ou seja, com 100 GB de tráfego HTTP gerado, por exemplo, isto significa dizer que, em média, 85 GB estão sendo removidos dos links WAN, e, desta forma, apenas 15 GB efetivamente estariam trafegando nos links WAN. Isto se transforma em benefício de dois modos, primeiro quanto ao volume de dados removido dos links WAN e segundo quanto ao desempenho da aplicação, especialmente ao reduzirmos drasticamente o número de round trips necessários na WAN.
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