Risco iminente de ciberataques representa oportunidades para profissionais especializados
Demanda por especialistas em cibersegurança cresce globalmente, mas o Brasil tem um déficit de 750 mil profissionais

Por Juliana Bauman e Viviane Sampaio*
A famosa frase “Não se, mas quando sofrermos um ataque cibernético” como uma realidade universal faz com que a demanda por profissionais de cibersegurança siga crescendo ao redor do mundo e aumente a escassez de profissionais qualificados. Segundo o Guia Salarial 2025 da Robert Half, as áreas de serviços de Tecnologia da Informação, Suporte e Operações em Tecnologia estão entre as mais demandadas para novas contratações. Apenas no Brasil, o déficit é de 750 mil talentos no setor, de acordo com a Fortinet em estudo realizado em novembro do último ano.
Atualmente, o mercado de segurança cibernética no país é o maior da América Latina em termos de receita, o que pode ser explicado pelo país enfrentar uma alta taxa de cibercrimes e cenários de gestão de vulnerabilidade para a segurança das organizações. Para se ter uma ideia, em um período de 12 meses, foram registrados mais de 700 milhões de ataques cibernéticos no Brasil – cerca de 1.379 por minuto – o que fez com que o país ocupasse o segundo lugar no Panorama de Ameaças para a América Latina em 2024.
Diante deste cenário, profissionais com qualificações nesta área estão no radar das mais diversas empresas e, na busca por estes talentos, os cargos mais requisitados são:
- Gerente de Segurança da Informação
- Analista de Pentest
- Analista de Segurança da Informação
- Auditoria de Cibersegurança
- Especialista em GRC (Gestão de Risco e Compliance)
- Analista de Cibersegurança
- Analista de Resposta a Incidente
- Analista SOC (Security Operations Center)
A necessidade de aprendizagem e atualizações contínuas é um fator comum para se destacar em qualquer oportunidade. Quando falamos do setor de tecnologia, especialmente cibersegurança, os temas mais frequentes nas buscas dos headhunters são:
- Gestão de riscos e compliance
- Habilidades técnicas em ferramentas de teste de penetração
- Ferramentas de SIEM (monitoramento do ambiente para análise de possíveis incidentes)
- Segurança para computação na nuvem
- Segurança de infraestrutura
Além das questões técnicas, é fundamental que exista o aprimoramento das soft skills – habilidades comportamentais – que tornam o candidato ainda mais atrativo em um processo seletivo e aumentam suas chances de chegar até a contratação. Ainda de acordo com o mais recente Guia Salarial da Robert Half, a inteligência emocional, pensamento criativo, capacidade de resolução de problemas e perfil de liderança são características frequentemente almejadas pelas empresas, porém dificilmente atendidas pelos candidatos.
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Por isso, independentemente de o profissional estar buscando novas oportunidades ou planejando alavancar a sua carreira onde está atuando no momento, é altamente recomendado que se dedique ao seu desenvolvimento contínuo, o que contempla tanto a atualização constante de ferramentas técnicas de seu dia a dia, como suas habilidades interpessoais, peças-chave para o seu sucesso.
*Juliana Bauman é Business Manager na Robert Half e Viviane Sampaio é Especialista em Recrutamento com foco em profissionais de tecnologia na Robert Half
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