O quão longe estamos da superinteligência?

Essa tecnologia está se aproximando rapidamente, e promete transformar nossa sociedade de maneiras que ainda mal conseguimos imaginar

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10:00 am - 12 de novembro de 2024
Imagem: Shutterstock

Ao que tudo indica, o próximo passo da evolução humana será marcado por uma enorme revolução causada pela superinteligência artificial, que, como descreve Sam Altman, CEO da OpenAI, empresa responsável pelo ChatGPT, nas próximas décadas fará com que sejamos capazes de “fazer coisas que pareceriam mágica para os nossos avós”. Ainda segundo Altman, essa versão mais avançada da IA, que supera em muito as capacidades humanas, trará melhorias significativas na vida das pessoas em todo o mundo.

Essa tecnologia está se aproximando rapidamente, e promete transformar nossa sociedade de maneiras que ainda mal conseguimos imaginar. Não é novidade que a IA vem evoluindo de forma veloz nos últimos anos. Passamos da IA estreita, focada em tarefas específicas, para a IA geral, capaz de aprender qualquer atividade. O próximo passo, portanto, é a superinteligência, que surgirá quando a tecnologia puder melhorar a si mesma, criando um ciclo de autoaperfeiçoamento.

E, no que depender dos investidores e big techs globais, esse avanço será cada vez maior: recentemente, as empresas BlackRock e Microsoft se uniram para investir em data centers e outras infraestruturas que suportam a inteligência artificial, e esperam atrair US$ 30 bilhões de capital privado, podendo aumentar para US$ 100 bilhões em investimentos.

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Temos duas figuras que se destacam nos debates sobre superinteligência: o empresário Elon Musk e o filósofo sueco Nick Bostrom. Eles possuem visões diferentes, mas ambos acreditam que ela transformará o futuro da humanidade.

Bostrom definiu três tipos principais de superinteligência: a de velocidade, que pode pensar muito mais rápido que humanos; a coletiva, que une várias IAs, e a de qualidade, que é simplesmente mais inteligente que nós em todos os aspectos. Ele tem um olhar um pouco mais pessimista e fala muito sobre os riscos e benefícios dessa tecnologia, e acredita que sua criação será a última invenção que faremos.

Já Musk, cofundador da OpenAI e possuidor de uma fortuna de US$ 210,3 bilhões, embora também alerte sobre os riscos da IA avançada e defenda regras para o seu desenvolvimento seguro, é um grande entusiasta da tecnologia e investe em projetos para integrar humanos e máquinas.

Com relação ao momento no qual teremos a superinteligência entre nós, alguns especialistas acreditam que ela chegará em algumas décadas, outros pensam que pode levar mais tempo – de qualquer forma, seu impacto será enorme. Sam Altman diz que “é possível que tenhamos superinteligência em alguns milhares de dias; pode demorar mais, mas estou confiante de que chegaremos lá”.

Com isso em mente, precisamos nos preparar para mudanças rápidas e profundas na sociedade, pois ela mudará o modo como trabalhamos, cuidamos da saúde e aprendemos. E não podemos ignorar os desafios éticos e de segurança que exigem atenção. Portanto, é importante focarmos também no desenvolvimento de mecanismos para garantir que as máquinas ajam de acordo com valores humanos, pois só assim poderemos aproveitar os seus benefícios plenamente.

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