Líderes bem preparados impactam diretamente na saúde e o bem-estar de suas equipes

Gestão impacta mais a saúde mental dos colaboradores do que os próprios terapeutas

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3:00 pm - 21 de fevereiro de 2025
Imagem: Shutterstock

O bem-estar e a saúde no trabalho deixaram de ser apenas um detalhe para se tornar algo fundamental nas empresas. Isso é o que destaca a pesquisa “Diagnóstico de bem-estar no Brasil”, da WTW, de 2022. Segundo ela, 97% das empresas disseram que o tema seria a prioridade para os próximos três anos. Porém, a discussão de promover ambientes mais saudáveis passa por uma responsabilidade compartilhada por todos, principalmente pelos profissionais de RH, colaboradores e líderes. E é justamente sobre a liderança e a importância dela para a manutenção dos demais, que vamos destacar.

Segundo um estudo da Workforce Institute, líderes impactam mais a saúde mental dos colaboradores do que os próprios terapeutas, o que reforça ainda mais a importância da companhia ter um programa de bem-estar que, além de benefícios, também se paute no preparo das lideranças para que estejam aptos a gerir pessoas com foco em saúde, especialmente quando falamos de suporte emocional e psicológico.

É importante destacar que quando uma empresa está disposta a cuidar do bem-estar de seus colaboradores, incorporando esse cuidado em sua cultura organizacional, logo, isso deve ser algo vivenciado no dia a dia, nas relações e nos processos. E os líderes são as pessoas que podem traduzir esses valores na gestão de suas equipes.

Ainda segundo a pesquisa da WTW, que 2 em cada 5 profissionais relatam estar com o bem-estar emocional baixo, o que impacta diretamente na qualidade de vida dessas pessoas, além do desempenho no trabalho.

Leia mais: Saúde mental e trabalho: como empresas podem ajudar no equilíbrio

Para que líderes possam exercer a gestão de pessoas como forma de apoiar as dificuldades emocionais e tornar a experiência do colaborador no trabalho de forma mais engajadora, há algumas práticas que podem ser adotadas a fim de facilitar essa convivência.

Os índices de problemas de ordem psicológica, como ansiedade, depressão e burnout são alarmantes. Por conta disso, líderes devem receber treinamento para saber acolher as dores emocionais dos colaboradores. Um dos recursos valiosos é a chamada escuta ativa, uma prática que consiste em demonstrar interesse e empatia para que pessoas se sintam seguras em compartilhar desafios pessoais que podem impactar o trabalho, contribuindo para um ambiente de alta confiança e com gestão saudável de conflitos e temas sensíveis. A partir de um preparo direcionado para este acolhimento, líderes poderão identificar problemas mais graves e, em parceria com o RH, encaminhar o colaborador para o suporte de um profissional.

Outro ponto é que líderes precisam ser transparentes em relação ao que esperam das pessoas, traçar metas possíveis e dar feedbacks frequentes. É importante que também saibam ouvir queixas, considerando o ponto de vista das pessoas sobre o que pensam do trabalho e dos processos, pois esse diálogo aberto permite que relações de confiança se estabeleçam e se forme um ambiente mais saudável para superar desafios.

Além disso, é essencial que líderes pratiquem o equilíbrio e sirvam de exemplo para que as pessoas possam se organizar e atender às demandas do trabalho sem renunciar a suas atividades pessoais, como praticar exercícios, estar com os filhos e ir ao médico. Além de respeitar a diversidade e a pluralidade de vivências e perspectivas, tornando o ambiente e a dinâmica de trabalho inclusivos e colaborativos.

Para ter um ambiente saudável, as empresas precisam contar com líderes preparados e treinados em bem-estar e saúde. Para isso, o RH deve oferecer suporte a essas lideranças e mensurar a experiência do colaborador de forma rápida pontos de atenção.

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