O que a IA tem feito pelas médias e grandes empresas?

Hoje, companhias de todos os tamanhos estão usando a ferramenta para ganhar eficiência, reduzir custos e criar vantagens competitivas

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10:00 am - 15 de maio de 2025
Imagem: Shutterstock

Diferente do que muitos acreditam, a inteligência artificial não é mais um recurso utilizado apenas pelas gigantes da tecnologia. Hoje, empresas de todos os tamanhos estão usando a ferramenta para ganhar eficiência, reduzir custos e criar vantagens competitivas. De acordo com o AI Index Report 2025, o investimento corporativo em IA alcançou US$ 252,3 bilhões em 2024, enquanto para a GenIA foram destinados US$ 33,9 bilhões. Com isso, negócios em todo o mundo estão se transformando.

No caso das médias e grandes empresas, a IA tem sido uma forte aliada na automação de processos. Segundo pesquisa da McKinsey, até 30% das tarefas em 60% das ocupações atuais podem ser automatizadas até 2030. Em 2025, já estamos vendo isso em ação com chatbots que resolvem a maior parte das dúvidas de clientes ou sistemas que analisam dados em tempo real para ajustar estoques.

Além disso, ela ajuda na personalização do atendimento ao cliente, o que é especialmente positivo para mercados como o varejo, que estão aproveitando a inteligência artificial para recomendar produtos com mais precisão. O estudo Inteligência Artificial no Varejo, da Central do Varejo, realizado com 307 varejistas brasileiros, mostra que 47% deles já utilizam IA, e entre as principais áreas de utilização, 36% o fazem na personalização da experiência do cliente. Além disso, 84% deles relatou aumento de eficiência, 42% redução de custos, 39% observaram melhorias na satisfação do cliente e 36% registraram aumento nas vendas. Na prática, isso significa que os clientes estão ficando mais satisfeitos sem que as equipes fiquem sobrecarregadas.

Outro possível uso da IA pelas médias e grandes empresas é na análise preditiva de dados e tomada de decisões. Bancos e indústrias, por exemplo, já aproveitam a ferramenta para prever demandas ou riscos. Mais recentemente, pudemos observar a popularização dos agentes de IA, que são sistemas de software ou hardware que atuam de forma autônoma para alcançar objetivos específicos e ainda podem aprender com as próprias interações, sem depender da inserção de algoritmos.

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Essa ferramenta é desenvolvida para interagir de forma inteligente com os humanos. Enquanto a inteligência artificial controla o estoque e analisa os melhores fornecedores, os agentes inteligentes se baseiam nesses dados para contatar os fornecedores e reservar os pedidos, por exemplo, sem necessidade de intervenção humana.

Diferente do senso comum de que os agentes são chatbots melhorados, a capacidade de aprendizagem de máquina permite que eles executem ações baseadas em suas leituras do ambiente e tragam soluções muito mais concretas, como consultoria de investimento personalizada. No mundo corporativo, os agentes estão presentes por toda a cadeia de produção. De acordo com o Relatório Global de Previsões para 2025 da Deloitte, 25% das empresas que já implementam a IA generativa pretendem passar a usar agentes de inteligência artificial ainda neste ano.

Como empreendedor e investidor de startups, já vi de perto o poder da IA para transformar ideias em resultados. Felizmente, essas soluções estão mais acessíveis do que nunca. Um estudo da PwC prevê que a tecnologia contribuirá com US$ 15,7 trilhões para a economia global até 2030, e as empresas que se adaptarem agora, além de ganharem vantagem competitiva, têm menos chances de serem deixadas para trás em um cenário de constante evolução tecnológica. Porque, ao contrário do que muitos pensam, inovar com IA não é sobre seguir tendências ou parecer moderno, é sobre sobreviver, simplificar o que é complexo e acelerar decisões.

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