Como os Data Centers podem reduzir emissões de carbono e ajudar no combate à crise climática
Em uma era de cada vez mais digitalização, priorizar a sustentabilidade é adicionar valor ao negócio

Em um cenário onde a revolução digital e a sustentabilidade caminham lado a lado, a crescente demanda por capacidade computacional apresenta um grande desafio: equilibrar o aumento do consumo de energia com redução de emissões de carbono. O desafio ainda é grande apesar de termos acompanhado este ano uma diminuição na emissão de gases do efeito estufa. O volume mundial caiu 39% no primeiro semestre em comparação ao mesmo período do ano passado e de 2022, segundo dados do relatório da consultoria e assessoria de soluções ambientais Systemica.
O impacto ambiental dos data centers, essenciais na era digital, está sob os olhares atentos da população e do mercado em geral. Por estarem responsáveis pelo grande processamento e armazenamento de dados, eles consomem um elevado nível de energia, mas não é por isso que não possam ser sustentáveis. Mais que isso, por serem um serviço especializado, podem ajudar a toda a cadeia a diminuir suas emissões.
É importante ressaltar que a tecnologia é uma ferramenta poderosa na busca pela sustentabilidade. A adoção de soluções tecnológicas alinhadas com princípios ESG permite que as organizações não apenas gerenciem suas operações de forma mais eficiente, mas também integrem práticas sustentáveis em suas estratégias corporativas. Aliás, o número de empresas comprometidas com metas de descarbonização, submetidas e aprovadas pelo Science Based Targets Iniciative (SBTi), cresceu em 963 companhias até o fim do segundo trimestre deste ano. Ao todo, 8 mil companhias estão alinhadas ao SBTi, com metade entrando apenas no último ano, o que mostra que cada vez mais as empresas têm olhado para essa vertente com um olhar científico e comprometido.
Atualmente, podemos encontrar data centers que têm investido fortemente em recursos sustentáveis para mitigar potenciais impactos ambientais de sua operação . Aqui no Brasil, por exemplo, encontramos companhias com parques eólicos próprios que geram energia limpa a serem consumidas em seus data centers, o que mostra como a indústria tem impulsionado a sustentabilidade.
A modernização desses data centers tem sido uma prioridade global, com diversas inovações tecnológicas que contribuem para a redução das emissões de carbono. Além do uso de energias renováveis, é possível contar com tecnologias avançadas de resfriamento líquido e chillers de resfriamento livre.
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Além disso, há uma crescente adoção de infraestruturas modulares e o uso de materiais sustentáveis na construção desses centros. Essas soluções têm se mostrado eficazes em reduzir a pegada ambiental, ao mesmo tempo que oferecem flexibilidade e previsibilidade operacional.
Entre as práticas recomendadas para data centers que buscam reduzir suas emissões, é possível destacar a separação de corredores quentes e frios, que otimiza o uso de sistemas de resfriamento. Além da virtualização de servidores, que permite que várias máquinas virtuais funcionem em um único servidor físico, reduzindo a necessidade de hardware adicional e, consequentemente, o consumo de energia.
A gestão do ciclo de vida dos ativos de TI, por meio de práticas de manutenção, reparo, reciclagem e reutilização, é outra estratégia eficaz. Essas ações estendem a vida útil dos equipamentos e reduzem a necessidade de novos recursos, contribuindo diretamente para a diminuição da pegada de carbono.
Em um mundo cada vez mais digital e conectado, a sustentabilidade dos data centers não é apenas uma tendência, mas uma necessidade urgente para garantir um futuro viável para as próximas gerações. No mundo corporativo, a agenda ESG adiciona valor ao negócio e é condição essencial para longevidade das empresas.
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