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Pare de sonhar com o controle total na nuvem

CIOs têm uma tarefa difícil nos dias de hoje. Eles têm que adotar a computação em nuvem e, ao mesmo tempo, não desistir do controle sobre os processos e os dados.

Muitos CIOs estão começando a recuperar o controle da chamada Shadow IT, quando departamentos contraram provedores SaaS e IaaS sem o seu conhecimento. Parece começar a fazer sentido para as organizações entregar para a TI a gestão de centenas de serviços de nuvem contratados à sua revelia.

Muitos CIOs têm hoje a tarefa de mover sistemas para a nuvem em busca de benefícios operacionais e estratégicos, com orçamento apertado e a obrigação de integrar aqueles serviços contratados diretamente pelas áreas de negócio.

São duas as opções desses líderes de TI:

1- Exigir o controle completo sobre qualquer sistema que a empresa utilize, incluindo sistemas em nuvem. O que pode significar assumir um volume grande de trabalho para lidar com dados provenientes de plataformas variadas. Ter tudo totalmente sob controle pode levar meses – anos até.

2 – Abrir mão do controle total . Neste caso, os CIOs se tornam corretores, apoiando e validando as ofertas de nuvem, e, talvez, segurança e governança, mas não interferindo diretamente na utilização dos sistemas em nuvem. Se escolher essa opção, os CIOs também terão que abrir mão de parte do orçamento. E em muitas organizações, o orçamento reflete poder organizacional e importância.

Um dilema e tanto para o CIO.

Embora eu suspeite que a maioria vá optar por manter o controle total, talvez o jogo final acabe por exigir a descentralização com o uso crescente de serviços de nuvem pública. Por quê? Porque a TI corporativa ainda não está preparada para lidar com as nuvens, e a demanda dos departamentos pode superar a capacidade da TI de atender as necessidades do negócio.

Apesar de parecer uma completa anarquia para muitos da área de TI, a Shadow IT, na
realidade, leva a empresa em direções mais produtivas, que, hoje, incluem a
utilização da nuvem.

Não defendo que a TI desista do controle e
permita que as unidades de negócios adotem a tecnologia que
quiserem. Contudo, a TI precisa encarar a realidade: nas últimas três décadas
ou mais, ela tem sido lenta na hora de iniciar a utilização de
novas tecnologias, mais produtivas.

Mas acredito que os dias da TI dizer
não automaticamente estão acabando. Se a TI não agregar valor,
então as unidades de negócios irão ignorá-la, e isso levaria a um recurso de TI
corporativa menor e menos impactante. Não acho que ninguém queira ou precise
disso agora.

O que torna a segunda opção mais sensata.

Concorda? Qual é a sua realidade hoje? Divida com a gente, comentando este artigo.

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