China usa reconhecimento facial em farmácias para combater drogas
Testes acontecem em Xangai e pretendem evitar que pessoas mal intencionadas comprem massivamente medicamentos com substâncias usadas em drogas ilegais

Em Xangai, na China, consumidores estão enfrentando mais uma onda de reconhecimento facial. De acordo com o South China Morning Post, a cidade está testando a tecnologia em farmácias.
O intuito é identificar pessoas que tentam comprar remédios que contêm substâncias controladas em quantidades substanciais, como sedativos e substâncias psicotrópicas, sob a premissa de que podem revendê-los.
O terminal de reconhecimento facial é utilizado tanto em consumidores quanto em farmacêuticos. Eles deverão ter seus rostos escaneados para identificar suspeitos. A ideia inclui impedir que profissionais da saúde conspirem para ajudar estes pacientes.
A medida foi tomada para evitar que suspeitos comprem medicamentos prescritos com substâncias usadas para criar outras drogas. São citados medicamentos que contenham efedrina, tranquilizantes, por exemplo, que podem ser transformadas em matéria prima para drogas ilegais.
Tanto a efedrina quanto a pseudoefedrina, cita o jornal, utilizam componentes essenciais para criar-se metanfetamina.
As informações aponta que agências de saúde e antidrogas de Xangai testam terminais do tipo desde novembro. A tecnologia deverá estar presente em todas instituições médicas da cidade até o primeiro semestre de 2021.
Até a presente data, 31 organizações em sete distritos adotaram a tecnologia de reconhecimento facial e mais de 300 análises faciais já foram realizadas.
Na China, os sistemas de reconhecimento facial estão sendo adotados massivamente. Segundo a consultoria iiMedia, cerca de 760 milhões de pessoas deverão adotar pagamentos com o rosto até 2022 no país.
Com informações de: South China Morning Post.