Num cenário global desafiador a tecnologia tem sido um dos caminhos vislumbrados pelos CEOs para manter a importância de suas companhias e fazer com que seus negócios cresçam e não fiquem obsoletos. Na pesquisa Annual Global CEO Survey, realizada pela PwC, executivos de 77 países responderam questões sobre competitividade, crescimento, tecnologia e diversidade e a maioria se mostra um pouco reticente com algumas questões. 39% dos participantes acreditam no crescimento de suas empresas e outros 78% estão preocupados com o excesso de regulamentação.
Seria, então, a tecnologia uma das saídas para melhorar esse cenário não tão animador? Historicamente, a área de TI tem sido chamada em momentos de crise, sobretudo, como turbulências globais como o de agora, para auxiliar na redução de custo, melhoria de eficiência e elevar a capacidade de inovação. E agora não vai ser diferente. O que muda, ao menos é o que aparenta, é que esse chamado não será apenas para redução de custos, uma vez que os CEOs selecionaram tendências que eles entendem ser estratégicas para o futuro e sucesso da corporação.
Dos 1322 executivos participantes de 77 países, entre eles o Brasil, 81% colocaram mobilidade para o engajamento do cliente como tópico estrategicamente importante para a companhia, sendo este, assim, o principal ponto em tecnologia da informação. E não é lá uma grande novidade. Nos últimos anos, os próprios CIOs, em diversos estudos, têm colocado mobilidade no topo das prioridades, talvez, seu uso ainda não tenha refletido o desejo do principal líder da empresa, mas existe uma intenção de investimento nesse sentido.
O mundo caminha para um cenário móvel e não é de hoje que as projeções apontam para isso. A PwC lembra que no fechamento de 2014, o mundo contava com aproximadamente 4,55 bilhões de usuários de telefonia móvel, sendo 1,75 bilhão em smartphones. Além disso, o volume de tráfego gerado por esses dispositivos já é o dobro do computado por tablets, PCs e roteadores.
Ainda em tecnologia, os CEOs apontaram como ponto a ser investido por questões estratégicas data mining e análises (citado por 80%) e cibersegurança (78%). Os dois temas, aliás, andam fortemente na pauta do dia. O primeiro não apenas por big data, mas pela necessidade de se produzir algo relevante a partir do acúmulo de informações das próprias empresas e o segundo pelo aumento nos ciberataques num momento em que existe uma pressão por mais transparência e um desejo de ampliar o compartilhamento de dados seja empresa-empresa, governo-governo, governo-empresa e mesmo empresa e governo com pessoa física.
Saindo de tecnologia pura e olhando para a questão da competitividade global, os CEOs foram questionados sobre quais deveriam ser as prioridades dos governos onde suas empresas estão sediadas. Em ordem de importância, os três principais pontos foram: sistema de imposto mais eficiente e competitividade internacional; força de trabalho bem formada; e o desenvolvimento de um ecossistema de inovação.