CEO da global da T-Systems acredita no potencial do mercado nacional
Presente há 15 anos no Brasil, a alemã T-Systems segue otimista com os negócios em solo nacional. A crise política e econômica não fez a empresas recuar sua estratégia. Ao contrário, a companhia vai fortalecer ainda mais sua operação por aqui. Reinhard Clemens, CEO global da empresa, esteve no Brasil na última semana e reafirmou o compromisso com os negócios locais.
Segundo ele, o comprometimento da companhia no País é de longo prazo. “É um mercado-chave para nós e não buscamos resultados por trimestre”, garantiu. Ele lembrou que há uma instabilidade em curso, mas o diferencial é a força da população jovem que busca sempre novas tecnologias em suas rotinas e que pode mudar o jogo, a exemplo da própria média de idade da T-Systems de 24 anos.
Clemens assinalou que o Brasil tem, sim, potencial de se tornar referência em novas tecnologias, como internet das coisas (IoT, na sigla em inglês). Contudo, para chegar lá o País precisa adotar um modelo de desregulamentação se quiser competir globalmente. “O Brasil é altamente regulamento e quando se vive em um ambiente muito protegido precisa abrir mão da competitividade mundial. Empresas brasileiras têm potencial para chegar lá, mas devem buscar formas para isso”, afirmou, lembrando que, hoje, o mundo é voltado para o cliente e pensando nele é que companhias precisam atuar.
De olho na nuvem
O CEO da companhia conta que os negócios de cloud computing vão bem. De acordo com o executivo, a T-Systems registra crescimento em nuvem de 34% ano a ano. A demanda no Brasil segue aquecida, garante Ideval Munhoz, presidente da operação nacional da T-Systems.
Tanto é que em 2016, a companhia vai investir R$ 30 milhões na expansão do data center no País, para suportar o salto na procura. Para o próximo ano, garantiu, o mesmo montante será investido em seu centro de dados. “Nosso objetivo é ser lembrado quando as empresas retomarem seus investimentos em TI”, finalizou.