Centrais de relacionamento esbarram em transformação digital

Índice de Maturidade das Centrais de Relacionamento (IMCR) apontou que o menor resultado está no pilar de tecnologia

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7:31 pm - 28 de maio de 2021
chatbots

Apesar de terem se consolidado no mercado brasileiro na década de 90, as centrais de relacionamento ainda não atingiram sua maturidade digital em meio à aceleração da tecnologia . É o que revela o Índice de Maturidade das Centrais de Relacionamento (IMCR), conduzido pelo Grupo de Estudos de Inovação e Tecnologia do Instituto Brasileiro de Hospitalidade Empresarial (IBHE), com apoio da A5 Solutions e da NICE.

O objetivo do índice é identificar a evolução e maturidade das dimensões que compõem as estruturas de atendimento ao cliente. O pilar de tecnologia apresentou o menor resultado, com 71,7%, sendo que a média geral do IMCR foi de 75,2%. Já a dimensão de gestão obteve a maior nota, com 82,5%, o que indica o maior grau de maturidade (imagem abaixo).

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O IMCR contou com a participação de executivos C-level de 55 empresas de setores, sendo que varejo e e-commerce se mostraram os mais evoluídos com o IMCR de 82,9%. O mapeamento avaliou os entrevistados com base em 42 itens que foram resumidos em cinco dimensões que compõem as estruturas de atendimento ao cliente – gestão, pessoas, processos, comunicação e tecnologia.

Potencial de evolução

Em nota, Ivan Teodoro, coordenador do Grupo de Estudos de Inovação e Tecnologia do IBHE, afirmou que as tecnologias como reconhecimento de voz ainda não estão consolidadas no segmento, assim como a humanização de URAs, com foco também na automação de contatos, ainda não é realidade para a maioria das empresas ouvidas. Essas soluções, contudo, tendem a crescer com a adoção de chatbots e estratégias de omnicanalidade que permitam uma visão unificada das interações em um ambiente integrado em nuvem.

“O retorno esperado nos investimentos, a velocidade das estratégias ou ainda a falta de priorização de métodos de gestão assertivos e eficazes com foco nos resultados fazem com que o IMCR não tenha ainda atingido estágios mais avançados, porém com forte potencial de evolução”, analisou Teodoro.

Para Luiz Camargo, VP da NICE para a América Latina, o IMCR reforça a importância de equipar as centrais de atendimento com soluções nativas em nuvem, capazes de gerar insights em tempo real para os agentes e de transformar a experiência do cliente. Já Beatriz Cullen, diretora do IBHE, lembrou que a transformação digital é uma mudança cultural, que também envolve a remodelagem de expectativas por novas experiências de relacionamento entre marcas e consumidores, independentemente da geração.

Por fim, Bension Waksman, Diretor Comercial da A5 Solutions, destacou a importância do levantamento. “Este estudo, inédito no Brasil, é um raio-x do cenário empresarial de suas estruturas de atendimento ao cliente. Seus insights ajudarão a mapear a curva de evolução destas empresas e suas necessidades”.

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