Carreira

Carreira: o que faz um profissional de forense digital? Salários podem chegar a R$ 35 mil

O trabalho desenvolvido pela perícia forense digital tem sido considerado uma profissão promissora, tendo em vista que ele é essencial para a solução de crimes ocorridos no ambiente virtual, como fraudes, roubo de dados, invasões, além de ocorrências no mundo real.

Ana Moura, coordenadora técnica da Pós-graduação de Forense Digital e Investigação Cibernética, no Instituto Daryus de Ensino Superior Paulista (IDESP), lembra que diante de um cenário de crescente digitalização das atividades econômicas e com o aumento de informações sendo compartilhadas no ambiente virtual, o ramo de forense digital tem papel definitivo na contribuição da investigação de crimes cibernéticos.

“É uma área que está em expansão e com possibilidades de atuação em diversos setores. O especialista em forense digital pode atuar em empresas privadas, escritórios de advocacia, consultoria de fraude e compliance, em ambientes de governo e forças de lei”, explica Ana.

Salários competitivos e habilidades necessárias

Segundo Ana, o salário da categoria varia de R$ 8 mil para os iniciantes e pode chegar a R$ 35 mil (referência do salário de perito da polícia federal), mas pode ter alterações dependendo do ramo de atuação, do caso investigado e experiência do profissional.

Entre as responsabilidades deste profissional, está a coleta de vestígios digitais em locais de crime, a preservação das evidências, análise do material em laboratório e a elaboração de relatórios. Esse procedimento é realizado para identificar se os dados coletados possuem algum vínculo com o caso que está sendo investigado.

Leia também: Fraudes por deepfake são uma ameaça alarmante

“Para desempenhar a função de analista forense digital, é fundamental ter curiosidade, senso analítico, foco nos detalhes, determinação e resiliência. A rotina é muito exigente e fundamentada em procedimentos e regulamentações nacionais e internacionais”, ressalta Ana.

É necessária uma sólida base em tecnologia para trabalhar no ramo de forense digital. Além disso, Nadia Guimarães, sócia-diretora de Operações e diretora acadêmica do IDESP, destaca que ter pós-graduação e certificações na área contribui para o desenvolvimento técnico e teórico do profissional. “É uma atividade que está em constante atualização, por isso é importante buscar capacitação e entender as ferramentas que estão sendo utilizadas no tratamento dos incidentes em todo o mundo”, recomenda.

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