O hacker é popularmente conhecido por invadir redes de computadores e se portar como um criminoso virtual. Essa, no entanto, não é a definição correta para ele. Um hacker é aquele que é incansável na busca do conhecimento, seja em software, hardware, segurança ou vendas e enquanto não entende o mínimo detalhe de tudo que se propõe a fazer, não sossega.
Usando a ideia hacker, surgiu nas startups do Vale do Silício, nos Estados Unidos, o termo Growth Hacker. O papel desse talento é encontrar brechas, estratégias ou gatilhos capazes de promover o crescimento acelerado de um produto, projeto ou até mesmo empresa. Por esse motivo, o talento tem sido cobiçado pelo mercado e a profissão começa a chegar no Brasil, especialmente em novos negócios.
É exatamente esse o papel de Bruno Fraga, de 21 anos. Autodidata, até pouco tempo nem mesmo ele sabia que era um Growth Hacker. Curioso desde cedo, Fraga começou a estudar redes de computadores sozinho aos 15 anos quando ganhou um computador. Aos 16 anos, criou cursos no YouTube voltados à programação e segurança de redes. “Sempre gostei de aprender para ensinar”, contou ao IT Forum 365.
Depois que terminou o Ensino Médio, viu-se diante de uma encruzilhada: fazer faculdade ou um intercâmbio. Como vendia os cursos que ministrava no YouTube, Fraga, então, optou por usar o dinheiro para passar uma temporada na Irlanda.
Lá, estudou sozinho buscando informações na internet e passou a participar de maratonas de programação (hackathons), saindo vitorioso de duas delas. “Quando cheguei na Irlanda, criei um curso de técnicas de invasão, paguei R$ 30 pelo domínio do site e em 12 dias faturei R$ 60 mil”, relatou.
Com a experiência na mochila, ele, então, resolveu ir para a Coreia do Sul. “Foi lá que tive contato com o termo Growth Hacker e percebi que tinha desempenhado esse papel desde os 15 anos e investi na vertente. Por causa da tecnologia, aprendi marketing, conteúdo e estratégias digitais, itens vitais para o Growth Hacker”, relatou, completando que na Coreia começou a prestar consultoria para três empresas sobre como elas poderiam alavancar seus negócios por meio da internet. “Nesses treinamentos usei minhas habilidades de hacker para usar tecnologia e programação e ajudar as companhias e acrescer”, completou.
A chave da profissão, apontou, é entender o comportamento do cliente e enviar para ele a mensagem certa na hora em que ele deseja. “O Growth Hacker explora investimentos de forma mais eficiente.”
Fraga, que se considera um nômade digital, vive hoje entre Irlanda e Coreia do Sul. Seus próximos passos incluem o lançamento de novos cursos, no modelo de assinatura, e obter 1,5 mil novos alunos por mês. “Estou criando agora uma fábrica de conhecimento em segurança da informação e convidando profissionais de segurança para criar conteúdo para essa escola”, adiantou.
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