Luta contra o câncer de mama: IA ajuda na detecção precoce

No Outubro Rosa, Google cita iniciativas que usam inteligência artificial para ajudar radiologistas a detectar doença

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4:20 pm - 24 de outubro de 2024
Adriana Noreña. Foto: Divulgação, Google

Lembrando no último sábado (19), o Dia Internacional de Luta contra o Câncer de Mama tem como objetivo conscientizar a população, particularmente as mulheres, sobre essa doença. De acordo com o Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer de mama é um dos mais comuns em mulheres, com 99% dos casos. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) afirma que o tratamento pode ser altamente eficaz quando a doença é detectada cedo.

A tecnologia tem feito avanços para melhorar o diagnóstico e o tratamento da doença: o Google, por exemplo, divulgou projetos que usam a inteligência artificial (IA) para criar ferramentas de diagnóstico mais precisas e acessíveis. Pesquisas em diversos diagnósticos usando a ferramenta obtiveram redução de 9,4% nos falsos negativos e 5,7% nos falsos positivos, segundo o Google.

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“A inteligência artificial tem a capacidade de processar e analisar enormes quantidades de dados em um curto espaço de tempo, identificar padrões complexos e aprender continuamente por meio de seus algoritmos, o que aumenta a precisão da informação e (…) a torna grande aliada dos profissionais de saúde”, diz em comunicado Adriana Noreña, vice-presidente do Google para a América Latina.

Para ela, é fundamental que haja mais mulheres envolvidas no desenvolvimento da tecnologia porque “ao incorporar a nossa perspectiva desde o início, podemos garantir que a IA não seja apenas tecnicamente avançada, mas também nos permita criar soluções que estejam intimamente relacionadas com o nosso gênero.”

Histórico de uso

Entre 2016 e 2018, o Google começou a usar aprendizagem profunda (deep learning) para ajudar médicos na detecção de metástases. A ferramenta que analisa os linfonodos (Lymph Node Assistant, ou LYNA) é treinada por meio de imagens médicas, como radiografias, tomografias ou imagens patológicas.

O LYNA ganhou assim capacidade de detectar a localização da metástase que, em muitos casos, é quase imperceptível ao olho humano, permitindo aos médicos acelerar o processo de diagnóstico e adiantar o tratamento.

Em 2021, o Google Health conduziu pesquisas clínicas com a Northwestern Medicine para tentar descobrir como a IA poderia acelerar o diagnóstico do câncer de mama. Iniciaram a pesquisa coletando imagens mamográficas de diversos pacientes, que foram classificadas por especialistas da saúde para treinar o modelo de IA para detectar câncer, identificar características tumorais, entre outros aspectos.

O modelo foi testado em um ambiente clínico, onde pessoas submetidas a mamografias poderiam optam por ter resultados analisados por IA junto com a avaliação dos radiologistas. Os falsos negativos foram reduzidos em 9,4% e os falsos positivos em 5,7%, em comparação com a prática clínica padrão. Segundo o Google, a IA teve capacidade de analisar mamografias em menos de dois minutos.

O Google também cita a startup brasileira Huna, investida pelo Google for Startups, que utiliza IA para analisar exames de sangue de rotina e identificar padrões relacionados ao câncer de mama. A tecnologia já foi usada em exames de 500 mil mulheres. A solução promete abordagem menos invasiva e complementa o uso de mamografias.

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Redação

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