Foi dada a larga para a décima edição da Campus Party Brasil. O tradicional encontro de geeks, que varam a noite programando, traz neste ano temas quentes da tecnologia como internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), economia compartilhada, cidades inteligentes, startups e inteligência artificial. Tudo com curadoria dos próprios campuseiros, como são chamados os participantes do evento.
“Eles [campuseiros] que criam o conteúdo por meio da plataforma campuse.ro. É um evento colaborativo, feito em função do que eles querem”, comenta Francesco Farruggia, presidente do Instituto Campus Party. “Não somos nada sem os campuseiros”, reiterou Antônio Novaes, diretor-geral da Campus Party, completando que todas as sugestões deles foram ouvidas e integradas ao evento.
A edição de dez anos, realizada de 31 de fevereiro a 5 de fevereiro, em São Paulo, traz, segundo seus organizadores, 74 palestras em nove palcos. São esperados 8 mil campuseiros e 90 mil visitantes.
Na área aberta e gratuita da Campus, os visitantes poderão interagir com 14 simuladores, acompanhar a famosa Batalha dos Robôs, assistir ao Campeonato Brasileiro de Drones para profissionais, além de conhecer protótipos de trabalhos acadêmicos e startups com ideias inovadoras. Uma novidade da área é o Espaço Fazedores, onde makers ensinarão habilidades construtivas como solda e marcenaria.
Investimentos e fibra óptica roubada
Para este ano, Farruggia comentou que a organização teve de apertar os cintos nos investimentos “em função da crise”. Segundo Novaes, todos os gastos do encontro giraram em torno de R$ 22 bilhões.
Na edição comemorativa, Farruggia fez um balanço do encontro nos últimos anos, lembrando que, à época, o então prefeito da cidade de São Paulo e agora ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, abriu as portas da capital paulista para o encontro. Ele lembrou, ainda, que desde o ano passado a Campus passou a contar com a parceria da Telebrás para conexão de internet de 40GBps, um dos pontos críticos da Campus.
Presente na coletiva de imprensa de abertura do encontro, Daniel Annenberg, secretário Municipal de Inovação e Tecnologia da Cidade de São Paulo, afirmou que a gestão do atual prefeito de São Paulo, João Dória, apoia a iniciativa. “Temos o compromisso de fazer a cidade mais inteligente, digital, com melhor qualidade de vida. Para isso, precisamos de tecnologia”, comentou.
Ribamar Mendes, gerente do escritório regional da Telebrás São Paulo, reforçou a importância da aliança para a empresa e apontou que às vésperas do evento teve de lidar com o desafio de reinstalar a fibra óptica em torno do Centro de Exposições Anhembi. Alguns dias antes da abertura da Campus Party, 2 Km de fibra óptica foram roubados das redondezas e a equipe de TI da empresa teve de virar a noite para resolver o problema e deixar a internet pronta. “Nos apertou o cronograma, mas conseguimos resolver”, apontou dizendo que a empresa teve de desembolar cerca de R$ 1 mil para instalação da nova rede.
Uma das grandes apoiadoras da Campus Party, a Visa, contou que sua participação busca levar inovação para os participantes, além de dividir conhecimento, por meio de workshops e formar jovens, a partir de um hackathon, que deverá durar 24h. “O setor que atuamos será um dos mais impactos pelas inovações tecnológicas”, lembrou Fernando Teles, country manager da Visa no Brasil.
A Pure Storage está redefinindo sua estratégia de mercado com uma abordagem que abandona o…
A inteligência artificial (IA) consolidou-se como a principal catalisadora de novos unicórnios no cenário global…
À primeira vista, não parece grande coisa. Mas foi na pequena cidade de Pornainen, na…
O processo de transição previsto na reforma tributária terá ao menos um impacto negativo sobre…
O que antes parecia uma aliança estratégica sólida começa a mostrar rachaduras. Segundo reportagem do…
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos firmou um contrato de US$ 200 milhões com…