Brasileiros gostariam de ‘se deletar’ da internet e pagariam por isso

Um estudo realizado pela empresa de cibersegurança NordVPN e obtido com exclusividade pelo IT Forum concluiu que 20% dos brasileiros que estão online gostariam de “se deletar” da Internet. A razão para isso, na visão de 43%, é que as plataformas digitais tomam muito do seu tempo, enquanto 32% se sentem usados por empresas que exploram dados pessoais.

A pesquisa foi realizada com mil pessoas em diversos em países. No Brasil, o estudo ocorreu entre 12 e 18 de agosto.

Para realizar esse desejo de “sumir da Internet”, os brasileiros estariam dispostos até mesmo a pagar quantias consideráveis. Segundo o estudo, 46% pagariam até R$ 500 para ficar anônimos on-line, 8% pagariam entre R$ 501 e R$ 2,6 mil e 3% pagariam entre R$ 2.601 e R$ 5,3 mil.

O levantamento aponta ainda que 43% gostariam de deletar momentos embaraçosos, 23% excluir fotos ou vídeos pouco lisonjeiros, 20% retirariam perfis antigos de namoro e 7% optariam por deletar o histórico de emprego anterior. Quase cinco em cada dez disseram que informações financeiras pessoais são as que mais gostariam de excluir. Outros 30% disseram não confiar na internet e 25% disseram ter medo de serem manipulados.

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“Embora ‘se remover’ da Internet pareça uma boa ideia para aqueles preocupados em expor informações pessoais às entidades erradas, você deve se perguntar se limpar a lousa totalmente é possível em nosso mundo digital dominante”, disse Daniel Markuson, especialista em privacidade digital da NordVPN.

A privacidade na Internet é percebida, inclusive, de acordo com o estudo, como sinônimo de bem-estar e felicidade. Manter as informações pessoais seguras na Internet é a chave para a felicidade online, pois 76% dos brasileiros teriam medo de hackers (ou terceiro malicioso) acessarem seus dados financeiros.

“Podemos remover algumas coisas sobre nós mesmos no mundo on-line, mas colocar em prática melhores hábitos podem ajudar os brasileiros a se sentirem mais seguros quando estão na internet”, diz Markuson. “Usar senhas mais sofisticadas, ferramentas confiáveis de segurança cibernética (como VPN, antivírus e gerenciador de senhas) e praticar uma conscientização geral sobre ameaças ajudarão as pessoas a protegerem suas informações mais valiosas on-line nos próximos anos.”

O estudo mostra ainda que 46% temem golpes por meio das redes sociais, 40% por “textos e e-mails”, 26% têm medo de hackers acessarem informações sobre sua vida sexual e 13% evidenciam receio de acesso às informações de carreira.

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