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Brasil deve gerar 1,4 milhão de toneladas do lixo eletrônico neste ano

Cerca de 1,4 milhão de toneladas do lixo eletrônico mundial geradas pelo setor de informática neste ano serão provenientes do Brasil, que só recicla 2% dos resíduos digitais. No mundo, a ONU estima que apenas 13% do e-lixo é reciclado.

Neste ano a quantidade de lixo eletrônico no mundo deve chegar à média de 50 milhões de toneladas. Isso equivale, no período de 12 anos, a mais que o peso do morro do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, estimado em 580 milhões de toneladas.

O descarte incorreto dos equipamentos leva à contaminação do solo, da água e do ar com metais pesados, substâncias tóxicas que afetam pessoas, animais e plantas. Cádmio, chumbo, bromo, cobre e níquel estão presentes em pequenas quantidades nos equipamentos e dispositivos, sobretudo placas. Em grande quantidade e quando descartados em vazadouros comuns essas substâncias podem causar feridas nos órgãos internos, câncer, doenças respiratórias e até demência nos seres humanos.

Diante desse quadro, o Sindicato das Empresas de Informática do Estado – TI Rio promove até o próximo dia 15 sua campanha para coleta e reciclagem. Este é o quinto ano consecutivo de realização da campanha.

O presidente do sindicato, Benito Paret, espera alcançar a meta coletar 3 toneladas de lixo eletrônico, principalmente através das 5 mil empresas fluminenses do setor.

A campanha, que nos últimos anos conseguiu reciclar 7 toneladas de peças e equipamentos, tem a parceria da Futura, única que empresa carioca com licença específica para reciclar o lixo eletrônico. Ela faz a coleta e triagem, reaproveita componentes e doa ou vende a preços populares os equipamentos ainda em condições de uso.

Os materiais tóxicos como pilhas e baterias são encaminhados para empresas especializadas, enquanto as placas e materiais mais complexos vão para o exterior de forma legal, pois não existem estruturas privada ou pública para reprocessá-los no Brasil, embora o país disponha de uma Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Durante a campanha, a Futura recebe ou recolhe computadores, notebooks, celulares, tablets, impressoras, monitores, mouses, teclados, caixas de som, DVDs, fios e aparelhos de fax.

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