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Brasil deve apostar na ciência se quiser sair da crise, diz novo presidente da ABC

O Brasil deve apostar na ciência se quiser sair da crise. Essa é a opinião do novo presidente da Academia Brasileira de Ciências, o físico Luiz Davidovich. O também professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) assumiu posto nesta terça-feira (3/5), mesma data em que instituição completa um século de existência. O especialista assumiu o cargo no lugar do matemático Jacob Palis, que liderou a instituição por nove anos.
Para Davidovich, a saída para crise econômica está na ampliação dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento. “O Brasil precisa reconhecer áreas prioritárias e investir pesado”, defendeu.
Ainda de acordo com ele, a ciência nem sempre tem aplicação imediata, e o Brasil deve apostar nas grandes revoluções. “Temos de estar na fronteira da ciência internacional, procurar atividades de pesquisa que podem resultar no futuro em grandes revoluções tecnológicas e sociais, mudando a nossa vida”, disse. Segundo ele, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) teve papel fundamental no desenvolvimento do Brasil e deve ser fortalecido.
Em entrevista ao Portal MCTI, Davidovich também avalia a ciência e a tecnologia como motor de desenvolvimento do País. E, portanto, algo que deve ser preservado em tempos de cortes de gastos. “O Brasil precisa reconhecer as áreas prioritárias e investir pesado nessas áreas [ciência e tecnologia]. A ciência é motor do futuro, então se você joga fora esse motor você não vai chegar [lá]”, observa. “Com ajustes fiscais você pode até estabilizar a economia por certo tempo até a próxima crise. Nós queremos evitar essa sucessão de crises, de uma economia fortemente baseada em exportação de commodities. Queremos que se aumente o valor agregado da produção brasileira de modo que o País possa ter protagonismo internacional na ciência, no comércio, nos produtos que colocar no mercado internacional. Não podemos continuar vivendo nesse perfil que vem desde os tempos da colônia”, avalia.
*Com informações do MCTI

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