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Bradesco e Visa lançam wearable que funciona como meio de pagamento

A Visa e o Bradesco anunciaram nesta quinta-feira (16/06), em São Paulo, o lançamento de uma solução de pagamentos por aproximação, com tecnologia NFC (Near Field Communication), suportada por um dispositivo vestível. Durante os Jogos Olímpicos do Rio, a Pulseira Bradesco Visa estará em uso por 3 mil formadores de opinião e atletas da delegação olímpica brasileira, em uma espécie de piloto que definirá a disponibilidade ou não da solução para clientes Bradesco ainda este ano.

De silicone, à prova d’água, a pulseira poderá ser usada em mais de dois milhões de terminais POS equipados com leitores NFC disponíveis no Brasil. Entre eles, os 4 mil POS disponíveis nas arenas e lojas do complexo olímpico no Rio de Janeiro.

O funcionamento é similar ao de um cartão de débito, no qual é preciso carregar créditos. A diferença é que, para tornar as transações mais rápidas e simples, para pagamentos até 50 reais não será necessário o uso de senhas. Para concluir a compra basta aproximar a pulseira do POS.

Os pagamentos com a pulseira são protegidos pelos mesmos termos e condições aplicáveis aos cartões de débito. E no caso de roubo, é possível bloquear o dispositivo através do mesmo site onde os clientes podem acompanhar seu histórico de transação, visualizar o saldo disponível e recarregar créditos. Não há limites, mínimo ou máximo, para as recargas.

Flexível e resistente, o design da pulseira foi inspirado nas pistas de atletismo, de acordo com Martha Krawczyk, vice-presidente de marketing da Visa do Brasil, e acompanha tendências da moda werable.

Produzida em OEM pela Gemalto, a pulseira não será uma solução exclusiva do Bradesco no Brasil. “Todos os emissores Visa poderão fazer uso da plataforma”, comenta Percival Jatoba, vice-presidente de produtos da Visa Brasil. A expectativa é que novos modelos de pagamento usando o wearable surjam no país. “As APIs estão abertas, junto com outras 10 já disponíveis no site para desenvolvedores”, comenta o executivo. E para alegria das startups, a Visa se prepara para sediar em São Paulo, talvez ainda este ano, o seu quinto laboratório de inovação no mundo.

O piloto com o Bradesco foi motivado pelo fato de ambos serem patrocinadores dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. “Nada melhor que mostrar que somos inovadores disponibilizando um meio de pagamento moderno e prático durante os Jogos Olímpicos, onde a exposição é maior”, afirma Fábio Dragone, superintendente executivo de Marketing e head do Projeto Olímpico do Bradesco.”Nosso foco agora é garantir que os usuários tenham uma experiência inovadora e diferenciada, para então avaliarmos a implementação de uma solução de pagamento vestível em larga escala no país”, completa.

De acordo com os executivos da Visa e do Bradesco, 1/3 dos brasileiros é early adopter de tecnologias e desejam experiências que os façam ganhar tempo no seu dia a dia. E a meta das duas empresas é não só ter soluções sejam viáveis para o negócio e implementáveis pela tecnologia, como desejáveis pelos clientes.

Nessa mesma linha, Cesário Nakamura, diretor do Bradesco Cartões, lembra que o Bradesco anunciou semana atrás uma parceria som a Samsung para integrar o sistema de pagamentos móveis Samsung Pay, que funciona como uma carteira digital. Basta cadastrar cartões no celular e aproximar o aparelho das máquinas de pagamento para realizar uma compra. Para segurança, as informações ficam guardadas em um hardware especial embutido nos aparelhos e os dados bancários são substituídos por códigos criptografados usados nas transações digitais.

Recentemente também, a Bradesco Seguros iniciou os testes de sua Carteira Digital, para facilitar o acesso aos benefícios dos planos assinados, o que muitas vezes é dificultado pelo esquecimento dos cartões físicos por parte dos clientes.

As companhias não revelaram o investimento feito na solução, que na opinião dos executivos está entre as tendências em solução de pagamento. “Os dispositivos vestíveis serão complementares às soluções de pagamento móveis, às carteiras digitais e por aí vai”, comenta Nakamura.

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