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Blockchain é usado em projeto de rastreamento de produção de carne bovina

O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD) anunciou que está desenvolvendo, em parceria com a Safe Trace, empresa especializada em rastreamento de cadeias produtivas de alimentos e com apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), um projeto inédito de blockchain para o setor do agronegócio.

Batizado de Agro Trace Chain, o projeto tem como objetivo evoluir o protótipo além do produto mínimo viável (MVP) de uma solução que rastreia a produção de carne bovina. Antes de apresentada ao mercado, a solução passou por testes de desempenho e análise de mercado, durante os seis meses de desenvolvimento da ferramenta pela CPQD e Safe Trace.

“A intenção agora é ganhar escala, ampliar as aplicações e atender a novos requisitos dos clientes, como a conformidade socioambiental das propriedades e a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), por exemplo”, afirma Vasco Picchi, diretor de Novos Negócios da Safe Trace.

Como funciona

Cada boi é registrado no sistema desenvolvido pelas empresas e adicionado ao banco de dados que opera com tecnologia blockchain, dessa forma o produtor tem acesso a dados fundamentais dos andamentos dos processos de produção que acompanham o animal.

De acordo com as empresas, essa identidade digital oferece ao produtor, mais informações sobre o animal, além de informações sobre formação de lotes de produção, movimentação, dados sanitários, de qualidade e transformação em produtos e outros. O sistema oferece também, a possibilidade de acompanhar a disponibilidade de carnes no varejo. Picchi conta ainda, que a rede de supermercados Carrefour usa, desde março, um sistema de rastreamento de disponibilidade de carnes semelhante.

Já Fernando Marino, líder técnico de blockchain do CPQD, acredita que com o novo projeto, o MVP será transformado em produto, com ampliação das funcionalidades, do número de transações realizadas e possibilidade de aplicação também em outros setores do agronegócio. “A meta é atingir mil transações por segundo, com tempo de validação na rede blockchain em até 2 segundos”, explica.

“Essa rede permitirá enxergar toda a cadeia produtiva da carne, que começa na propriedade rural e passa pelos frigoríficos, centros de distribuição até chegar ao varejo. Dessa forma, poderemos garantir mais transparência para o consumidor, não só em relação à qualidade do produto que está comprando como também no que diz respeito a questões socioambientais”, conclui Picchi.

 

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