Bancos que não se adaptarem ao mundo digital irão falir, vê Santander
Steve Pateman, executivo à frente do banco no Reino Unido, pontua que o cenário ocorrerá devido à concorrência mais acirrada contra players disruptivos e mais ágeis

Os bancos que não se adaptarem às mudanças digitais poderão encarar uma dura realidade futura: a falência. Pelo menos é o que acredita o líder do Santander no Reino Unido, que pontua que o cenário ocorrerá devido à concorrência mais acirrada contra players disruptivos e mais ágeis, especialmente em áreas como meios de pagamentos e transferências financeiras.
“Quando alguém indagou se uma tecnologia digital poderia substituir uma câmera analógica, a resposta da Kodak foi ‘sim, é possível, mas vai custar US$ 35 mil para construir esse produto e ninguém vai comprá-lo’. Agora, você quase pode obter um aparelho desses como brinde em um posto de gasolina”, disse Steve Pateman, executivo à frente das operações do banco no Reino Unido.
“Eles erraram e, a realidade é que se não formos capazes de mudar a forma como operamos com nossos clientes e em nossos negócios, teremos um futuro semelhante ao da Kodak”, adicionou.
A visão de Pateman é que, para terem sucesso, as instituições financeiras precisarão investir em tecnologias digitais que melhorem os serviços aos seus consumidores. A lista inclui sistemas que ajudem os bancos a se relacionarem de forma mais efetiva em múltiplos canais de atendimento – o que pode significar buscar melhores práticas fora do que é visto no mercado financeiro.
“Precisamos encontrar um jeito de combinar tecnologia com o entendimento das necessidades de nossos clientes, o que, particularmente, não é algo que os bancos têm feito bem”, reconheceu, citando algumas atividades do varejo, e o trabalho feito pela Amazon, como possíveis nortes.