Bancos fecham 2016 com retração nos investimentos em tecnologia

Os investimentos e as despesas do setor bancário brasileiro com tecnologias registraram a segunda queda anual consecutiva. Após atingir o patamar de R$ 21,3 bilhões em 2014, caiu para R$ 19,2 bilhões em 2015 e, no último ano, o número foi de R$ 18,6 bilhões. Os dados são da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2017, apresentada nesta quarta-feira (10/05).

Apesar de, no papel, parecer uma queda, a Febraban avalia que, mesmo com a retração econômica – e a consequente redução nas transações no comércio varejista, por exemplo -, o número é considerável. “Mesmo diante desse cenário, os investimentos se mantiveram no mesmo nível. Uma variação de R$ 600 milhões é natural”, comenta Gustavo Fosse, diretor setorial de tecnologia e automação da Febraban.

Quando separados por categoria, investimentos e despesas em software representam 45% do total, contra 35% de hardware e 19% em telecom. “Há uma forte preocupação para investimentos em software, para aprimorar segurança e recursos de usabilidade necessários para esse mundo digital. É preciso estar com o cliente e, para isso, é preciso fazer analises eletrônicas com mais acurácia”, pontua Fosse.

Entre as categorias, Fosse afirma que todas tiveram diminuição, mas de forma distribuída, o que não explica um motivo preponderante para alguma queda específica. Mas alguns fatores sugerem um “culpado”. “Em Telecom, há a redução do custo de banda. Em hardware, fortes investimentos em 2014, além do barateamento de tecnologias como um todo”, explica.

“Mesmo com a queda, estamos à frente do mercado mundial em termos de investimentos”, comenta o executivo, referindo-se a um estudo do Gartner que mostra que o setor bancário representa 14% dos investimentos no Brasil – líder entre as verticais ao lado de Governo. No mundo, bancos representam 13%.

Novas tecnologias
O crescimento recente de investimentos em software pode ser explicado por apostas em tecnologias como computação cognitiva, analytics e blockchain. O estudo afirma que, atualmente, 47% dos bancos investem em analytics, 24% em computação cognitiva e 65% dos bancos estudam a implementação de blockchain.

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