Ficar longe dos filhos não é uma tarefa fácil. As preocupações com o bem-estar e a segurança das crianças fazem com que muitos pais que trabalham e desejam observar o dia a dia dos filhos optem pelo uso de câmeras conectadas à internet e babás eletrônicas para acompanhá-los à distância.
Com o passar dos anos e a melhora no sinal e na velocidade média da internet, alguns modelos evoluíram e passaram a contar com a tecnologia wi-fi, facilitando o monitoramento em tempo real e contando com alta qualidade de vídeo. Entretanto, é preciso tomar cuidado, já que, por estarem conectadas à rede, as câmeras podem ficar vulneráveis a ataques e invasões de cibercriminosos.
Um dos casos de maior repercussão aconteceu em 2013, nos Estados Unidos. De maneira remota, um homem conseguiu invadir o sistema de um aparelho que gravava uma criança de dois anos que estava dormindo. O invasor começou a gritar “acorde bebê”, ao mesmo tempo em que fazia a câmera se mover.
Ainda de acordo com um relatório da CNN de janeiro de 2018, cibercriminosos estão captando informações de bebês, tais como data de aniversário, números de documentos pessoais e até mesmo o nome da mãe para vender em sites de produtos e serviços ilegais.
Apesar de serem casos extremos, estes episódios trouxeram à tona a discussão sobre a fragilidade da segurança dos aparelhos. Atenta a isso, a ESET, líder em detecção proativa de ameaças, explica os principais riscos destes dispositivos e faz recomendações para evitar problemas de segurança.
“É importante que os usuários tenham consciência sobre o risco das babás eletrônicas conectadas à internet e que tomem as providências necessárias para diminuir a chances dos ataques”, diz Camillo Di Jorge, especialista em segurança da informação e Country Manager da ESET no Brasil.
Segundo Di Jorge, por terem um número IP similar ao de computadores e outros dispositivos, as câmeras podem ser invadidas facilmente e, por isso, manter o software sempre atualizado e alterar as credenciais de fábrica de login, criando uma senha forte, são essenciais para prevenir infecções.
Mesmo contando com um login de segurança, muitas babás eletrônicas não transmitem os dados criptografados, o que significa que, caso as informações sejam interceptadas, elas serão lidas sem a menor dificuldade. Por isso, é importante pesquisar se o aparelho dispõe de criptografia adequada e de algum tipo de política de privacidade.
Escolha uma marca confiável
Além disso, os pais devem ficar atentos às marcas e sua credibilidade no mercado. De preferência, optar por marcas conhecidas, com boa reputação e que fabriquem, além de babás eletrônicas, gadgets e aparelhos de segurança.
Mesmo com todas as dicas, de nada vai adiantar o usuário proteger a câmera se os outros dispositivos usados estejam vulneráveis. Os smartphones, tablets e computadores, aparelhos muitas vezes usados para acessarem as babás eletrônicas remotamente, precisam estar protegidos e conectados a redes de dados ou wi-fi seguras. Caso contrário, os aparelhos podem ser mais facilmente invadidos e usados para acessar as informações da câmera.
Quando não estiver usando a babá eletrônica, é interessante manter a câmera desligada ou tampada, pois muitos cibercriminosos aproveitam a distração das pessoas com relação à equipamentos que possuem câmeras para se informar da rotina de suas vítimas e poder utilizar essa informação de forma ilegal.
O roteador é por onde passa o pacote de dados de seus dispositivos, portanto, ele não pode estar vulnerável. Muitas das falhas descobertas recentemente neste equipamento estavam ligadas à permissão para execução de comandos remotamente.
Portanto, é sempre importante trocar a senha original do equipamento e sempre verificar se o roteador não retornou às configurações padrão após a realizada última atualização do sistema.
“É importante ressaltar que todo e qualquer dispositivo conectado à internet corre o risco de ser infectado. Além do uso de soluções antivírus, é importante que os usuários alterem a senha padrão de fábrica dos aparelhos escolhendo algo difícil de se deduzir e trocando a senha periodicamente, o que pode dificultar a ação dos criminosos”, finaliza Di Jorge.
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