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Até quando empresas de streaming vão ignorar compartilhamento de senhas?

Prática comum, o compartilhamento de senhas para serviços de streaming como Netflix e Amazon Prime Vídeo é realizado por muitos usuários como forma de ter acesso a diferentes serviços pagando um valor reduzido — ou nada, dependendo do número de amizades generosas, por assim dizer, que uma pessoa tenha. 

Apesar de aparentemente inofensiva, o ato de dividir um perfil que, em teoria, deveria ser no máximo familiar, apresenta prejuízos à indústria. De acordo com uma pesquisa da Parks Associates, as empresas perderam cerca de US$ 9,1 bilhões com ações como essa e a pirataria. E o valor tende a aumentar: em 2024, a estimativa é de US$ 12,5 bilhões. 

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O aumento se deve ao fato de que esse hábito está muito mais presente nas gerações mais novas. Um estudo conduzido pela Hub Entertainment Research descobriu que, dentro do público que compartilha senhas, 16% dos consumidores têm mais de 35 anos, enquanto o percentual para a população entre 13 e 24 anos foi de 64%. 

Vendo a chance de ganhar uma quantia significativa, as empresas do ramo deveriam se esforçar para mudar a mentalidade do público mais jovem, certo? A resposta é: depende: em um mundo no qual os serviços da categoria só crescem (vide lançamento do Disney+ e Apple TV+ no ano passado), a prioridade dessas marcas está em crescer e fidelizar os assinantes. 

Barreira na tela

Mas existe a percepção de que esse cenário irá mudar no longo prazo, quando os serviços estiverem mais consolidados. E o que as marcas podem fazer? Uma alternativa seria aumentar o preço cobrado de acordo com a quantidade de tempo assistido e nos casos em que os locais variam bastante — um indicador de que o serviço seria usado por mais pessoas do que o contratado. 

Outra opção seria aproveitar a tecnologia para tentar reduzir o problema pela raiz. Um novo software que chega ao mercado e está foi exibido na Consumer Electronics Show  (CES) deste ano tem como objetivo ajudar a identificar compartilhadores de senhas e piratas. 

A ideia é que, ao identificar o uso “ilegal”, o sistema dê ao usuário a opção de ganhar um desconto caso crie sua própria conta ou  mesmo avise que o serviço pode ser interrompido por conta do consumo fora das regras do serviço. 

De acordo com Jean-Marc Racine, Chief Product Officer de streaming de vídeos da Synamedia, esse provavelmente é o caminho que o mercado tomará nos próximos anos. “É um problema bastante complexo, você tem milhões de assinantes, milhões de compartilhadores, portanto a resposta precisa ser automatizada na plataforma para que você tenha uma solução adequada para lidar com os compartilhadores”. 

*Com informações do Hollywood Reporter 

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