O
modelo offshoring há décadas é uma opção prática que empresas adotam para sair à frente perante os concorrentes, mas isso pode mudar em breve. A evolução e a crescente adoção de
máquinas inteligentes irão fazer com que esse modelo se torne obsoleto em termos de vantagem competitiva, de acordo com estudo do Gartner.
Até 2018, 40% dos serviços terceirizados irão alavancar o surgimento de tecnologias de smart machines.
De acordo com Frances Karamouzis, vice-presidente e analista distinto do Gartner, máquinas inteligentes não são fantasia do futuro. “Elas estão comercialmente disponíveis”, afirmou, completando que, para negócios e serviços de TI, isso significa uma nova fonte de combustível para a indústria (lê-se: talentos virtuais). “É mais rápido, mais barato e mais previsível”, disse.
Mas a consultoria ressalta que isso não significa que não mais haverá serviços offshore e que todos os contratos de longa data irão desaparecer. Mas significa, no entanto, que esse modelo não será mais o principal meio de controle de gastos ou para garantir velocidade e ganhar vantagem competitiva.
“O modelo de negócios offshore representou um marco significativo na indústria de negócios e serviços de TI, porque reajustou o maior controlador individual do custo, o trabalho”, disse Karamouzi. Para o especialista, o novo normal será a hiperautomação, que levará a um mundo novo de estruturas de custo por meio do trabalho virtual.
É possível, ainda, que serviços offshore possam existir, mas de um jeito diferente, com outra orientação. Além disso, trabalho humano sempre será requisitado por empresas – ainda mais se for um trabalho barato.