Armazenamento em flash: o que barra a adoção

Com a adoção de tecnologias como internet das coisas, big data e inteligência artificial, os dados produzidos pelas empresas aumentam significativamente e armazená-los corretamente é essencial para conseguir usá-los de maneira inteligente para a tomada de decisão e desenvolvimento de projetos. Nesse cenário, começa a ganhar força o armazenamento em flash, uma memória do tipo EEPROM (Electrically-Erasable Programmable Read-Only Memory), que permite que múltiplos endereços sejam apagados ou escritos em uma só operação. De maneira simples, trata-se de um chip que pode ser reescrito e, ao contrário da memória RAM convencional, preserva o conteúdo sem necessidade de fonte de alimentação. A proposta de tecnologia flash é promover acesso mais rápido aos dados para elevar o processamento de transações e acelerar as aplicações e os serviços.

De acordo com uma pesquisa da IDC feita com companhias com mais de mil funcionários, 51,5% delas já utilizam atualmente a tecnologia no ambiente de armazenamento em disco externo, mas somente 7% usam matrizes totalmente em flash. Isso se deve a dois pontos, segundo Paulo Godoy, country manager da Pure Storage para o Brasil: a crença de que se trata de uma ferramenta cara e a falta de conhecimento sobre suas vantagens. “As empresas precisam analisar os custos com base em um contexto maior, entendendo que, a longo prazo, a ferramenta se torna barata”.

De acordo com Godoy, por mais que a ferramenta ainda seja mais cara do que um disco tradicional, a economia de energia, refrigeração e espaço compensa o valor a longo prazo. “Equipamentos com memória flash são muito mais rápidos, suportam um grande volume de dados, não esquentam, não fazem barulho, são pequenos e precisam de menos energia. No fim, acabam sendo mais econômicos do que os discos tradicionais”.  

Além disso, a ferramenta muitas vezes é usada apenas para redução de custos operacionais – visão pouco estratégica. “O uso do armazenamento em flash tem dois viés: redução de custos – já que armazena um número maior de dados e evita gastos com refrigeração e espaço físico – e inovação – com a preparação para um novo mercado e foco na transformação digital. As empresas costumam focar muito mais no primeiro e acabam não usando a tecnologia para tomar decisões estratégicas e discutir projetos mais inovadores”, explica Godoy.

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