Um estudo desenvolvido pela Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC), concluiu que, no médio prazo, a arrecadação de impostos e contribuições federais administradas pela Receita Federal pode ter um aumento de até R$ 450 bilhões, sem que haja nenhuma alteração nas alíquotas desses tributos.
“Essa previsão é uma consequência da expansão do mercado de crédito e do estímulo que o novo modelo de Cadastro Positivo pode representar para os negócios das empresas e para os consumidores”, observa Elias Sfeir, presidente da ANBC.
Ele acrescenta que as empresas serão beneficiadas com uma expansão do crédito no valor estimado de R$ 790 bilhões, segundo estudo anterior também realizado pela ANBC. “Por estimular os negócios via aumento do crédito, o Cadastro Positivo com inclusão automática pode contribuir para a geração de empregos, e por baratear o crédito, pode contribuir para reduzir a inadimplência de empresas e consumidores”, completa.
Para chegar a esse cálculo, o estudo da ANBC levou em conta um aumento no PIB de 0,54% ao ano que pode ser proporcionado pelo novo Cadastro Positivo, e projetou esse aumento cumulativamente para os próximos dez anos ¹. O estudo manteve a atual carga de tributos federais no PIB para obter quanto a mais será arrecadado nesse intervalo de tempo.²
Além da proposta de aumento na arrecadação de impostos, a ANBC resume as principais características do novo Cadastro Positivo:
A diminuição dos riscos na oferta de crédito possibilita juros mais baixos e maior concorrência no mercado de crédito. O empoderamento do tomador de crédito — quer seja um consumidor, PME ou um empreendedor — por meio da nota de crédito poderá reduzir a inadimplência em até 45%. A lei possibilitará a inclusão de 22 milhões de pessoas no mercado de crédito, e mesmo quem não tem comprovação de renda poderá ter acesso ao crédito graças a seu CP.
Esse instrumento pode aumentar o PIB anual em 0.54% a.a. e pode injetar a médio prazo até R$ 1,1 trilhão na economia, e uma economia aquecida gera empregos e aumenta a renda dos cidadãos.
Avaliação de crédito mais justa com base em escore ou nota de crédito
O CP reverte o cenário de decisão de crédito por parâmetros negativos. O histórico positivo passa a ser mais relevante. Cidadãos com bom histórico, mas que enfrentaram situação de inadimplência serão avaliados também pelas contas pagas em dia.
Consumidores nas piores faixas de nota de crédito e que, em sua grande maioria, possuem menor renda, são aqueles que mais ganham com o CP. Um estudo realizado pelo setor estima que 60% dos menos favorecidos teriam elevação em sua nota de crédito com o novo CP.
A lei atende aos requisitos do Código de Defesa do Consumidor, pois o cancelamento de cadastro pode ser feito a qualquer momento. No sistema atual (adesão voluntária) os dados do histórico de crédito como pagamentos de contas e empréstimos ficam abertos a todos os consulentes (lojas, bancos, financeiras, empresas de serviços públicos, etc.). Com a nova lei esses dados entram automaticamente na nota de crédito e a abertura de dados é feita pelo tomador de crédito junto ao consulente.
A nota de crédito será composta por dados relativos a empréstimos, financiamentos, crediários, contas de água, luz, gás e telefone. Informações relativas a saúde, deslocamentos ou interações sociais não serão e nem podem (por lei) ser utilizadas.
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