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Após trimestre de perdas, Oi aumenta preço da unidade de fibra ótica

A Oi divulgou no final da semana passada seus resultados financeiros relativos ao segundo trimestre de 2020, que ficaram no vermelho: no total, a companhia fechou o período com prejuízo líquido de R$ 3,4 bilhões, valor 118% maior do que os R$ 1,5 bilhão visto no mesmo período em 2019. 

Acompanhando o resultado geral, o Ebitda (termo que registra o lucro antes da aplicação de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1,3 bilhão, valor 15% menor do que o do ano passado. 

A receita líquida também teve regressão (10,8%), somando R$ 4,5 bilhões.  No balanço geral dos negócios, a operação Brasil encerrou trimestre com R$ 4,4 bilhões (queda de 10%), enquanto as operações mantidas pela empresa em regiões como África e Timor Leste cresceram 19,7%, registrando R$ 54 milhões (em comparação com R$ 45 milhões em 2019). 

Logo em seguida a apresentação de resultados, a companhia publicou um novo fato relevante informando que fará um aditamento ao plano de recuperação judicial para aumentar o valor de venda da unidade InfraCo (que compreende os serviços de fibra) para R$ 20 bilhões, por conta da demanda de parcerias. 

A unidade, junto com outras, foi colocada à venda em junho, como uma medida da empresa para levantar capital e quitar todas as suas dívidas. Ao contrário das outras divisões (que a Oi espera vender em sua totalidade), a companhia espera vender entre 25% e 51% da vertical, pois deseja apostar nesse segmento e está buscando um parceiro para reforçar os investimentos.  

O vencedor dessa aquisição terá que realizar um pagamento primário de até R$ 5 bilhões e uma secundária de, no mínimo, R$ 6,5 bilhões, sendo que parte desse valor (R$ 2,4 bilhões) será utilizado para pagar as dívidas da divisão de fibra ótica.  

Em outro trecho do comunicado foi informado que o valor mínimo de vendas da UPI Torres (que abrange o segmento de telecomunicação) saiu de R$ 1 bilhão para R$ 1,06 bilhão, por conta da demanda. A Highline, que fez uma oferta para adquirir a divisão de telefonia móvel, também participa dessa proposta. 

 O documento também anunciou a possibilidade de se criar uma unidade produtiva isolada (UPI) para o negócio de TV por assinatura, com valor mínimo de R$ 20 milhões. Por fim, a empresa definiu para 30 de maio de 2022 a data para o encerramento da recuperação judicial caso as tratativas de venda ocorram da forma planejada pela marca. 

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