Após escândalo com Facebook, Cambridge Analytica registra pedido de falência
Companhia já havia anunciado no início do mês que fecharia as portas; Cobertura da mídia afastou praticamente todos os clientes e fornecedores, disse CA

A Cambridge Analytica, empresa de consultoria política que protagonizou o escândalo envolvendo o uso indevido de dados de milhões de usuários do Facebook, registrou pedido de falência nos Estados Unidos nessa quinta-feira (18). A companhia já havia anunciado o fim de suas operações no início de maio.
Segundo informações da Reuters, a petição para registrar o pedido de falência foi submetida à corte em Nova York e assinada por Rebekah e Jennifer Mercer, filhas do bilionário Robert Mercer, em nome do conselho de administração da Cambridge Analytica.
A Cambridge Analytica tinha sede em Londres e foi criada em 2013. A empresa atual na campanha política do atual presidente dos EUA, Donald Trump. A consultoria recebeu apoio de US$ 15 milhões de Mercer e um nome escolhido pelo ex-conselheiro de Trump na Casa Branca Steve Bannon.
No início deste mês, o CEO Julian Wheatland comunicou aos funcionários que a CA teria avaliado todas as opções, mas que não via mais um caminho a não ser encerrar as atividades.
“O cerco à cobertura da mídia afastou praticamente todos os clientes e fornecedores da empresa”, dizia um comunicado encaminhado aos funcionários. “Como resultado, foi determinado que não é mais viável continuar operando o negócio, o que deixou a CA sem uma alternativa realista”, afirmou.
A Cambridge Analytica e sua controladora britânica SCL Elections Ltd disseram anteriormente que fechariam imediatamente e começariam os procedimentos de falência após uma forte queda nos negócios.