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Até 2025, América Latina e Caribe precisarão de mais de 2,5 milhões de talentos em TIC

Com o avanço da digitalização dos serviços e negócios, há uma renovação contínua na busca por talentos com habilidades em tecnologia. Segundo relatório da IDC, mais 2,5 milhões de profissionais relacionados às TIC serão demandados até 2026 e o número de vagas para novas funções emergentes voltadas para negócios digitais crescerá mais rapidamente do que aquelas para empregos tradicionais de TI. Atualmente, estima-se que haja 6,3 milhões de profissionais com competências digitais para cobrir papéis essenciais e emergentes.

“Estamos vendo uma rápida digitalização da economia, o que significa que o setor digital não só representa, mas também contribui e transforma uma proporção cada vez maior da produção econômica global, e o talento digital é a base da economia digital”, afirmou Michael Xue, vice-presidente da Huawei na América Latina e Caribe, durante o LAC ICT Talent Summit, evento organizado pela Huawei, em conjunto com a UNESCO e EFE.

Durante os dois dias do evento, acadêmicos, decisores políticos, líderes empresariais, estudantes universitários e representantes de organizações internacionais cobriram tópicos como o presente e o futuro da educação e da tecnologia, a transformação digital, o mercado de trabalho para profissionais das TIC e os desafios enfrentados pelos países da região para satisfazer a procura de pessoal qualificado e competências digitais.

“A pandemia de Covid-19 tornou clara a necessidade urgente de estreitar a lacuna digital e de tornar o conteúdo digital, a tecnologia e a conectividade disponíveis a todos”, disse Claudia Uribe, diretora da OREALC, da UNESCO.

A lacuna global de habilidades em TIC traz impactos econômicos revelantes. Segundo o estudo, até 2025 esse impacto pode chegar a US$ 1 trilhão, em comparação com US$ 775 bilhões previstos até o final de 2022. Para a América Latina, esse impacto pode representar quase US$ 50 bilhões até 2025, o que significaria pelo menos 1% do PIB regional para o mesmo ano, segundo o relatório da IDC.

Na visão dos convidados do painel, esses números também significariam desafios para os países aproveitarem o crescimento e perceberem as oportunidades de desenvolvimento. Para eles, o único caminho a seguir é que todas as partes interessadas trabalhem juntas para aumentar a quantidade de talentos digitais e preencher as lacunas, tanto em termos de variedade quanto de habilidades.

“Estamos comprometidos com o crescimento dos talentos digitais na região e acreditamos em estar na América Latina e no Caribe para a América Latina e o Caribe”, disse Zhou Danjin, presidente da Huawei América Latina. “Acredito que teremos um papel a desempenhar no crescimento dos talentos digitais regionais. Quanto a nós, podemos — por meio de nossos vários programas e iniciativas — oferecer à geração mais jovem a exposição tão necessária a tendências e tecnologias como nuvem, IA, IoT e Ciência de Dados”, completou.

No Brasil, a Huawei conta com as iniciativas “Seeds for the Future” e o “ICT Academy”, também lançou junto de seus parceiros a plataforma ICT Job Fair, com mais de 700 alunos matriculados. Até o final de 2021, o programa de formação de talentos “Nem Nem” tem cooperado com sete grandes instituições relacionadas com TIC no Brasil, incluindo IFAM, IFCE, IFES, IFPE, IFPI, SENAI e UNISUAM. Atualmente, 100 alunos concluíram o curso de formação e 158 alunos estão sendo formados. Quatro laboratórios de treinamento adicionais foram lançados em 2022.

“Hoje, com a nova geração de tecnologia móvel no país, o 5G, o Brasil precisa trabalhar para combater a falta de mão de obra qualificada no setor de TIC. Para não ficarmos para trás em relação ao resto do mundo, precisamos de talentos que trabalharão para desenvolver a transformação digital no País”, comenta Atilio Rulli, Vice Presidente de Relações Públicas da Huawei LATAM.

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