Trabalhar em um ambiente estimulador em que os empregados sintam-se desafiados é o principal fator retenção. É o que mostra estudo pela conduzido pela consultoria pela Talenses, consultoria de recrutamento executivo, para saber os motivos que levam os profissionais a buscar novas oportunidades, a permanecer na mesma empresa durante anos e a ceder a novas propostas.
A Talenses entrevistou 620 pessoas no estado de São Paulo, dos quais 85% estão empregados e 15% desempregados em diversos segmento, incluindo Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Entre estes, 70% apontaram o item desafio como fator para permanecerem em uma empresa.
Em segundo lugar estão salário&bônus e perspectivas de crescimento (68,5%) e em terceiro o ambiente de trabalho (62%). Já quando questionados sobre os motivos que os atraem a trabalhar em outra empresa, o salário aparece como preferência para 89% dos entrevistados. O desafio aparece como fator de decisão para 73% e para 62% os benefícios oferecidos influenciam na escolha.
Ao examinar o grupo dos desempregados, composto por 47,5% de ex-diretores e 36% de ex-gerentes (posição ocupada no último emprego), uma importante constatação é feita – os principais motivos que os fizeram “permanecer ou mudar” de empresa são exatamente os mesmos: ambiente de trabalho (72% e 64% respectivamente), desafios (68% e 63%) e as perspectivas de crescimento (67% e 60%).
Geração Y é que mais muda de emprego
Do grupo de entrevistados que estão empregados atualmente, os números apontam que quanto maior é o tempo de permanência no emprego atual, menor é a amostra: 6,6% estão há mais de 10 anos na mesma empresa, 29,5% estão entre 2 e 5 anos e 52% estão há menos de dois anos na mesma companhia.
“Mais de 80% dos entrevistados ficaram no máximo 5 anos em uma empresa. Esse dado revela o dinamismo do mercado atual, provavelmente em função da economia emergente, com muitas oportunidades aliados ao comportamento das novas gerações de profissionais.”, afirma Luiz Valente, diretor geral da Talenses.
Ao analisar o tempo de permanência no emprego anterior, apenas 8,5% do total de entrevistados relataram ter ficado mais de 10 anos, enquanto 37% ficaram entre 2 e 5 anos e 32,5% ficaram menos de dois anos.
Dentre o primeiro grupo, que ficou por mais de 10 anos em seu emprego anterior, 59% são da geração X (nascidos de 1965 e 1978), 27% da geração Baby Bommers (nascidos de 1946 a 1964) e 14% da geração Y (nascidos de 1979 a 1990).
O segundo grupo, composto por profissionais que ficaram entre 2 e 5 anos na mesma empresa, 48% são da geração X, 44% da geração Y e 7% são da geração Baby Bommers. O terceiro grupo, que ficou menos de dois anos na mesma empresa, é composto por 49% da geração Y, 43% da geração X e 6% da geração Baby Boomers.
“Aproximando o olhar da geração Y, percebemos que 71% deles ficaram de 3 a 6 meses no último emprego. Esse é um dado preocupante e traz à luz a necessidade de gerar uma reflexão tanto dos profissionais dessa geração quanto dos empregadores. Trata-se de uma relação que ainda não está em sintonia”, analisa Valente.
Salário&bônus e desafio são os motivos mais fortes que os instigam a trocar de emprego. Curiosamente, aqueles que ficaram mais de 10 anos no emprego alegaram que salário&bônus e desafio são os principais motivos que os fazem permanecer em uma mesma empresa.
A pesquisa aponta também que os homens respondem por 77% dos entrevistados que ficaram mais de 10 anos na mesma empresa no último emprego. De acordo com Valente, “a pesquisa mostra que a longa permanência de executivos em uma empresa está associada a desafio, perspectiva e remuneração. A executiva mulher, cada vez mais, avalia estes aspectos e ainda acrescenta à equação a questão do equilíbrio de vida. Elas têm se mostrado muito decidas quando tais elementos não estão em harmonia.”.
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