Algar Telecom adota IA e reduz tempo de análise de primeiras faturas em 96%

Chamada Billy, solução combina IA generativa e RPA reduziu tempo de conferência de faturas de 31 minutos para 1 minuto

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9:56 am - 23 de setembro de 2024
Imagem: Divulgação

A Algar Telecom, empresa de TI e telecomunicações do grupo mineiro Algar, está usando uma solução que combina IA generativa e RPA para aprimorar a gestão de seu ciclo de receita. Desenvolvido para conferir faturas dos clientes dos segmentos corporativos e atacado antes de serem emitidas, o Billy, como foi chamado, busca aumentar a satisfação dos clientes e trazer mais eficiência operacional.

A solução foi idealizada pela área que faz a gestão financeira da companhia. Ela faz a leitura dos dados da primeira fatura do cliente, ou após alguma alteração de valores, ou seja, qualquer solicitação que altere as cifras que serão pagas. O Billy confere a fatura para garantir que os valores estão corretos.

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A ferramenta interpreta e corrige dados extraídos de contratos em PDF, para depois emitir faturas precisas.

O processo era feito anteriormente de forma manual, o que, segundo a empresa, exigia muito esforço dos funcionários, além de tempo de análise – essa conferência levava em média 31 minutos por fatura. O projeto foi desenvolvido com a Logicalis, e foi chamado de Billy porque o nome remete à função principal da ferramenta – o billing, ou seja, a cobrança, tradução livre.

Resultados da Algar Telecom

Implementado em março de 2024, O Billy já contabiliza resultados positivos. O tempo de análise de faturas caiu 96%: de 31 minutos para apenas um minuto por fatura. Isso significou R$ 2 milhões em ganhos de despesas operacionais da organização (Opex).

“O Billy superou todas as nossas expectativas”, afirma Zaima Milazzo, vice-presidente de tecnologia, evolução digital, agilidade e inovação da Algar Telecom. “Ele não só está em um processo de extinção da emissão de faturas incorretas, como também nos permitiu otimizar recursos e atua para promover uma experiência aos nossos clientes sem transtornos.”

Zaima diz que a experiência dos funcionários da empresa também melhorou, já que eles, antes dedicados à conferência manual dos dados, agora podem desenvolver “atividades mais nobres e com mais interatividade com os colegas de trabalho”.

O Billy está sendo avaliado com indicadores de performance semelhantes ao de um trabalhador. Quem faz esse trabalho é o CoE (Centro de Excelência em Automações e Inteligência Artificial) da empresa. A estrutura é responsável pela performance e pela evolução do assistente, treinando-o para mais funcionalidades.

Atualmente na fase 1, ele é considerado um “estagiário”. O plano de carreira prevê uma “promoção” para cada fase de implementação de funcionalidades: de “analista júnior” a “especialista”, ele irá assumir responsabilidades mais complexas. O objetivo é que ele faça, no futuro, análise de pró-formas de todas as faturas (histórico), comparação de valores faturados em busca de variações de receita e expansão para os segmentos de varejo e PMEs.

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Redação

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