AI elimina falhas de cibersegurança na era da internet das coisas

Pesquisa realizada pelo Instituto Ponemon a pedido da Aruba, empresa da Hewlett Packard Enterprise (HPE), mostra que a inteligência artificial (AI, na sigla em inglês) pode combater ataques crescentes na era digital, especialmente com o aumento da internet das coisas.

O Brasil, foi um dos países escolhidos para participar do estudo do Instituto Ponemon “Fechando a lacuna de segurança de TI com automação e inteligência artificial na era da IoT” que entrevistou 4 mil profissionais de segurança e TI nas Américas, Europa e Ásia, sendo 272 no Brasil, para entender o que impede a correção das lacunas de segurança de TI e quais tipos de tecnologias e processos são necessários para estar à frente de cibercriminosos no novo cenário de ameaças.

A pesquisa mostrou que os sistemas de segurança que incorporam aprendizado de máquina e outras tecnologias baseadas em inteligência artificial são essenciais para detectar e interromper ataques direcionados a dispositivos de usuários e IoT e proteger com sucesso dados e outros ativos de alto valor. A maioria dos entrevistados concorda que os produtos de segurança com funcionalidade AI devem ajudar a:

– Reduzir alertas falsos (68%), 33% no Brasil

– Aumentar a eficácia da equipe (63% tanto na pesquisa global quanto no Brasil)

– Prover uma investigação mais eficiente (60%), 52% no Brasil

– Aumentar as capacidades para descobrir e responder com mais rapidez aos ataques furtivos que não foram identificados pelos sistemas de defesa do perímetro da rede (56%), 51% no Brasil

Uso crescente

Vinte e cinco por cento dos entrevistados disseram que atualmente usam alguma forma de solução de segurança baseada em inteligência artificial. No Brasil, este dado é de apenas 12%. Tanto a amostra global quanto a local apontou que 26% dos entrevistados planejam adotar esses tipos de produtos nos próximos 12 meses e 24% dos respondentes brasileiros disseram que ainda não consideram a implementação de machine learning para fins de segurança.

Riscos na internet das coisas

Os pesquisadores do Instituto Ponemon verificaram que a maioria das equipes de segurança de TI acredita que a identificação de ataques que usam dispositivos de IoT como porta de entrada é uma lacuna importante que atualmente não é abordada na estratégia geral de segurança das empresas. Mais de 75% (65% no Brasil) dos entrevistados acreditam que seus dispositivos de IoT não são seguros, com 60% no Brasil e no mundo declarando que até os dispositivos de IoT mais simples representam uma ameaça.

No Brasil, 62% dos respondentes disseram reconhecer pouca ou nenhuma habilidade das organizações em proteger aplicativos e dispositivos IoT. O monitoramento contínuo do tráfego de rede, os sistemas de detecção e resposta de loop fechado e a detecção de anomalias no comportamento entre os dispositivos de IoT foram citados como as abordagens mais eficazes para proteger melhor seus ambientes.

Até mesmo o modelo de propriedade da segurança da IoT apresenta riscos potenciais. Quando indagados sobre quem, em sua organização, era responsável pela segurança da IoT, as respostas variavam entre os líderes de CIO, CISO, CTO e das unidades de negócios, sem consenso entre a maioria. Apenas 36% deles identificaram o CIO, sem nenhum outro executivo ou grupo funcional atingindo o total de respostas acima de 20%. “Nenhuma função” foi a terceira maior resposta (15%).

Os resultados globais da pesquisa também destacaram a importância da visibilidade e da definição dos recursos que as pessoas e dispositivos da IoT podem acessar, com 63% dos entrevistados afirmado que o controle de acesso à rede é um elemento importante da estratégia de segurança geral da empresa e fundamentais para reduzir o alcance de explorações internas. Informações detalhadas sobre aplicativos (71%), dispositivos de usuários (69%), ambientes na nuvem (64%) e redes (63%) também foram consideradas importantes, com mais da metade dizendo que atualmente implementam soluções de controle de acesso à rede para permitir visibilidade e controle das redes com fio e sem fio.

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