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AI, automação, nuvem: confira 7 previsões sobre cibersegurança

Automação e inteligência artificial (AI) oferecem inúmeras possibilidades para os negócios digitais, mas também criam complexidades. Para o setor de cibersegurança, o Gartner afirma que técnicas como essas, aliadas a nuvem, por exemplo, podem trazer benefícios para as companhias, como a possibilidade de testes de penetração mais rápidos e efetivos.

No entanto, elas mostram também os perigos em potencial da automação quando o assunto são incidentes reais de segurança. Uma coisa é clara: as organizações precisam estar preparadas para um futuro complexo e conectado. O Gartner listou sete tendências para o setor de cibersegurança, que serão debatidas durante evento promovido pela consultoria em agosto na cidade de São Paulo.

1. Inteligência artificial

Até 2020, os investimentos em ferramentas de inteligência artificial e aprendizagem de máquina para automação (focadas na orquestração da flexibilidade de TI) irão mais do que triplicar, ajudando a reduzir panes nos negócios decorrentes de problemas de TI. As companhias aéreas perdem mais tempo com falhas e têm mais interrupções em suas operações causadas por TI do que por condições meteorológicas. “Em parte, isso acontece porque os ecossistemas emergentes trazem mais interdependências, ou seja, há falhas em cascata. A recuperação também precisa acontecer assim. A automação é personalizada para identificar onde as falhas podem estar, onde poderão acontecer e para criar estratégias para recuperação. Para essa automação ser aceita pelas empresas, é preciso vincular o problema na segurança ao impacto direto nos negócios”, diz Rob McMillan, diretor de pesquisas do Gartner.

2. Vulnerabilidades

Ainda até 2020, as vulnerabilidades no dia zero estarão presentes em menos de 0,1% dos ataques em geral, excluindo os alvos públicos confidenciais. É fácil se enganar com a história de ataque do dia zero (feito na própria data de divulgação da falha, antes de poder ser corrigida), mas a grande maioria dos ataques bem-sucedidos exploram suscetibilidades bem conhecidas. As pessoas tendem a se preocupar com esses ataques, mas eles não são casos comuns. É importante que as equipes de segurança combatam as vulnerabilidades existentes e garantam uma segurança básica eficaz.

3. Testes de penetração

Até 2020, 10% dos testes de penetração serão realizados por máquinas inteligentes baseadas na aprendizagem de máquina, o que não acontecia em 2016. Hoje, os testes de penetração usam certo nível de automação, mas ainda há muito envolvimento humano. Entretanto, a aprendizagem de máquina evoluiu para aplicações práticas. Isso significa que os testes podem ser feitos na velocidade de um robô, em vez de ficarem limitados ao ritmo do pensamento humano.

4. Gestão inteligente da informação

Até 2020, mais de 20% dos planos de negócios das empresas vão usar a infonomia (gestão inteligente da informação) para fazer uma análise financeira dos ativos e passivos dos dados. Essa previsão está relacionada à conexão dos resultados de segurança ao desempenho da empresa e à aplicação de valor ao trabalho das equipes de segurança em termos de mitigação de risco e capacitação da função de negócios. Quando se pensa em proteger informações, surge a pergunta sobre o valor líquido dos dados em comparação com o custo da proteção. Qual é o valor dos dados para a empresa? Qual é o custo de proteger esses dados? É viável? Analise o investimento e possíveis responsabilidades e tome as decisões.

5. Falhas

Até 2020, pelo menos um incidente importante associado à segurança será causado por falha na segurança de TI, levando a sérios danos. Por exemplo, uma queda temporária de energia causada por um problema na rede elétrica é inconveniente. A perda de controle de um aparelho para administração automatizada de um medicamento pode ser perigosa. É fácil imaginar um cenário em que um problema de TI poderia ter uma consequência física relacionada à segurança. A crescente complexidade das conexões mostra que coisas e infraestruturas com diferentes níveis de segurança agora estão interagindo. É difícil prever os riscos que vão surgir.

6. Nuvem

Sessenta por cento das empresas que implementarem as ferramentas apropriadas para controle e visibilidade da nuvem terão um terço a menos de problemas de segurança até 2018. A inclusão de telemetria às cargas de trabalho em cloud será importante para gerenciar as falhas de segurança. Mesmo se o fabricante estiver protegido, a telemetria e os testes documentados permitirão que as equipes de segurança comprovem que a nuvem está funcionando e é segura. Essa tecnologia possibilita que a empresa identifique sinais de perigo para que consiga dar uma resposta rápida e possivelmente preventiva.

7. Programas de segurança da informação

Até 2020, os programas de segurança da informação criados por TI terão três vezes mais brechas significativas do que os dos líderes das empresas. A própria Conferência do Gartner mostra que está aumentando o interesse dos executivos em risco e segurança. Isso aumenta o ônus sobre a segurança de levar o trabalho que está sendo feito para o contexto dos negócios. Sem comunicação, há um problema de alinhamento entre a segurança e o que está acontecendo no resto da organização. É nesse contexto que surgem coisas como a Shadow IT. Quando a companhia está alinhada, fica em melhor posição para se defender do que se estiver separada em silos.

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