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Aedes: pesquisadores do RS anunciam parceria para desenvolver tecnologias

Duas universidades gaúchas anunciaram ontem (2/6) parceria com o Grupo FK-Biotec para desenvolver tecnologias de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, chikungunya e do vírus Zika. O contrato de colaboração foi assinado pelos reitores da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e da Universidade Feevale, instituições que compõem a parceria.

As tecnologias desenvolvidas serão aplicadas em novos produtos, como kits para diagnóstico de doenças. “Esses produtos são um grande desafio, porque o vírus da dengue e o Zika são muito parecidos. Muitas vezes, quando temos um diagnóstico positivo para Zika, na verdade estamos identificando anticorpos contra a dengue. É importante que a gente desenvolva novas ferramentas científicas para eliminarmos os falsos positivos”, disse Fernando Kreutz, professor da PUCRS e diretor da FK-Biotec.

Além dos kits de diagnóstico, a parceria possibilitará o desenvolvimento de um repelente com a aplicação de uma nanotecnologia, que vai permitir ao produto ser mais durável. Além disso, o repelente deverá ser aplicado no ambiente e não na pele. “Os estudos que estão sendo feitos hoje são no sentido da eficácia do repelente, que está em pleno desenvolvimento. A gente espera que o produto já esteja no mercado para o próximo verão”, afirmou Kreutz.

Ainda não existe uma perspectiva de parcerias com prefeituras ou governos estaduais para o uso utilização das novas tecnologias que estão sendo desenvolvidas pelo grupo no combate ao Aedes aegypti. “A gente já desenvolveu um larvicida biológico que está sendo utilizado em São Paulo com uma eficácia impressionante na redução de casos. Estamos gerando tecnologias que o Poder Público pode utilizar, mas isso depende de um convencimento de que é necessário usar essas ferramentas, e não simplesmente aplicar a resposta mais simples ou menos custosa”, ressaltou Kreutz. 

O professor destacou ainda que as tecnologias utilizadas atualmente no país são importadas e, por isso, têm custos fixos e não equacionáveis, o que poderá dar um diferencial para os produtos desenvolvidos na parceria com as universidades brasileiras.

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