Acostume-se a viver na disrupção, ensina autora do livro Imagine It Forward

Beth Comstock viveu de perto as mudanças dos mercados nos quais atuou. Ela era parte da emissora norte-americana de TV NBCUniversal quando o Netflix chegou repaginando todas as regras do jogo e na GE, que passou de um conglomerado com dezenas de diferentes produtos para tornar-se uma empresa digital. O lado comum das histórias? A disrupção que chegou sem avisar, dizimou empresas, criou e transformou outras.

Depois de suas passagens pelo mundo corporativo, ela decidiu escrever um livro, intitulado Imagine it Foward (Imagine isso para a frente, em tradução livre), sobre as muitas facetas da transformação do mercado, pautado em inovação, e como as pessoas passam a reagir frente a elas.

Para Beth, o mundo nunca será mais lento do que é agora. Confrontar a mudança implacável, contudo, é altamente desafiador. As empresas são interrompidas quando os concorrentes roubam os clientes e os funcionários precisam seguir em frente sem saber as respostas. Para prosperar no mundo de hoje, é, portanto, preciso mudar.

Em Imagine It Forward, Beth compartilha lições de uma carreira de trinta anos como criadora de mudanças, navegando pelo espaço entre o estabelecido e o não comprovado. Como aquela que iniciou as transformações digitais e de energia limpa da GE e sua metodologia FastWorks, ela desafiou uma organização global a não esperar pela perfeição, mas a detectar tendências, assumir riscos inteligentes e testar ideias com mais frequência.

“Estamos na era emergente. Acostume-se a viver no meio da disrupção. O novo está emergindo, mas não está totalmente emergido. É caótico viver nesse meio, mas é o que vivem todas as indústrias. Não podemos prever o futuro, mas podemos nos preparar para ele”, sentenciou durante apresentação no Autodesk University, que acontece em Las Vegas (EUA).

Para ajudar as pessoas a sobreviver aos novos tempos, ela citou frase de Thomas Edson: “’Sempre há uma forma melhor de fazer algo. Então, faça.’ As repostas estão aí”, disse ela, apontando que, sim, as máquinas podem contribuir com essa tarefa e contribuir sobremaneira com o trabalho humano. “Máquinas vão aprender a fazer coisas que não precisamos. Vamos ocupar outras tarefas que fazemos melhor. É assustador e, sim, nossos trabalhos vão mudar, mas precisamos nos adaptar”, finalizou ela.

*A jornalista viajou a Las Vegas (EUA) a convite da Autodesk

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