Saúde mental e trabalho: como empresas podem ajudar no equilíbrio

O ambiente de trabalho muitas vezes pode ser desafiador para a saúde mental por suas adversidades e situações. Independente de ser uma pessoa recém-chegada ou com anos de experiência na empresa, as questões psicológicas podem ser desencadeadas por diferentes motivos. Nos últimos anos, a discussão sobre saúde mental ganhou espaço nas empresas, impulsionada por mudanças culturais e tecnológicas.

Esse é um tema que não deve ser tratado apenas como obrigação nas organizações, mas também de forma estratégica, uma vez que colaboradores saudáveis produzem mais, faltam menos, são mais criativos e dedicados. Agora, com a Portaria MTE nº 1.419/2024, publicada em 27 de agosto, que estabeleceu que as novas exigências da NR-01 entrarão em vigor em 25 de maio de 2025, atribuindo às empresas um prazo de 270 dias para adequação para se estruturarem para atender as novas exigências e transformarem em desafios legais ações que impulsionam produtividade e bem-estar. Ou seja, agora as empresas terão como obrigação cuidar da saúde mental de seus colaboradores.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que transtornos mentais, como depressão e ansiedade, são uma das principais causas de incapacidade laboral no mundo. Além do impacto direto na produtividade, as empresas também enfrentam custos elevados relacionados a afastamentos e turnover. A saúde mental, portanto, não é apenas uma questão de segurança, mas também de sustentabilidade corporativa.

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Segundo levantamento da própria instituição 2022, em 2019, um bilhão de pessoas viviam com transtornos mentais e 15% da população adulta em idade laboral sofria com algum tipo transtorno. Além disso, outro estudo pós-pandemia, evidencia um aumento de 25% nos casos de ansiedade e depressão, gerados pelas consequências do isolamento social.

Nunca antes foi tão importante discutir saúde mental no ambiente de trabalho. Por conta disso, a OMS recomenda o treinamento das lideranças da empresa para prevenir ambientes estressantes. Muitas vezes, a sobrecarga de trabalho, o estresse do dia a dia, cobranças excessivas e um ambiente opressivo são exemplos do que pode desencadear sofrimento psicológico e/ou emocional.

Para evitar esse tipo de situação, é importante que as organizações foquem em segurança psicológica, com atividades de avaliações regulares de clima organizacional para identificar fatores de estresse; capacitação de lideranças para estarem preparados para identificar sinais de sofrimento emocional e promover uma cultura de apoio; oferecer programas de assistência psicológica e políticas de inclusão e diversidade.

Promover a saúde mental no trabalho é uma responsabilidade compartilhada entre empresas, lideranças e colaboradores. É essencial que as empresas não apenas implementem políticas, mas também promovam uma cultura de apoio e empatia. A nova fronteira da segurança e bem-estar não está apenas em evitar riscos, mas em criar um ambiente onde todos possam prosperar, tanto profissional quanto pessoalmente.

As empresas que liderarem essa transformação terão um papel crucial na construção de um mercado de trabalho mais humano e resiliente. Afinal, cuidar da saúde mental é cuidar do futuro.

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