ESG e Economia Circular: caminhos para negócios perenes

União das práticas é o caminho para resiliência a riscos climáticos

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10:00 am - 03 de dezembro de 2024
Imagem: Shutterstock

Nos últimos anos, os princípios do ESG e economia circular têm se destacado como estratégias essenciais para empresas que buscam integrar sustentabilidade em suas operações. Essas práticas, embora diferentes em seus focos, são complementares e têm o potencial de transformar não apenas a maneira como as organizações geram valor, mas também como interagem com o ambiente e a sociedade.

Segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Centro de Pesquisa em Economia Circular da Universidade de São Paulo (USP), produzida neste ano, revelou que 85% das indústrias no Brasil desenvolvem pelo menos uma prática de economia circular. Além disso, 68% dos empresários que participaram da mesma pesquisa afirmaram que essas medidas contribuem para a redução de gases de efeito estufa e, consequentemente, para o combate às mudanças climáticas.

Porém, o conceito de ESG vai além da sustentabilidade. Ele engloba três pilares: meio ambiente, social e governança corporativa. Empresas que adotam critérios ESG em suas operações, além de atenderem às expectativas de consumidores e investidores, ganham uma vantagem competitiva, pois a valorização da ética e da transparência na gestão reforça a confiança na marca e adiciona valor ao negócio.

Veja também: Relatório ESG: qual é sua importância para as empresas?

Pensando no quesito ambiental, as empresas estão focadas na redução de emissões de carbono e na preservação de recursos naturais. Aliás, segundo o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), iniciativa do Observatório do Clima, o setor de resíduos foi responsável por 4% (91,3 milhões de toneladas) das emissões de CO2 no Brasil, em 2022.

Os data centers atualmente desempenham um papel crucial no avanço do ESG e da economia circular, por meio de operações mais sustentáveis e socialmente responsáveis. No pilar ambiental, há um foco crescente em reduzir a pegada de carbono por meio do uso de energias renováveis, tecnologias de resfriamento eficiente e gestão inteligente de consumo energético. Além de que a economia circular também ganha espaço com a reciclagem e reaproveitamento de materiais, como componentes eletrônicos e baterias, além da reutilização do calor gerado pelos servidores para aquecer prédios ou processos industriais.

Pensando na economia circular, é possível dizer que esse é um modelo econômico que visa eliminar o conceito de “resíduo”, propondo um ciclo contínuo de uso e reuso de materiais. Em vez de seguir o tradicional modelo linear de produção, onde os recursos são extraídos, transformados em produtos e descartados após o uso, a economia circular propõe um sistema em que os materiais sejam continuamente reintegrados no ciclo produtivo. Assim, os produtos podem ser recuperados, reciclados ou reaproveitados.

Para as empresas, adotar esse modelo significa explorar novas formas de design de produtos, garantindo que eles sejam feitos para durar, para serem reparados ou para voltarem ao sistema de maneira útil. Esse processo exige inovação, tanto em tecnologias quanto nas parcerias com empresas de outros setores que possam aproveitar subprodutos como matérias-primas.

Integrar os princípios de ESG com a economia circular permite que as empresas alcancem metas de sustentabilidade mais ambiciosas. Do ponto de vista ambiental, as empresas conseguem reduzir o uso de recursos naturais e minimizar a geração de resíduos. Por exemplo, companhias que priorizam o uso de materiais reciclados ou desenvolvem programas de coleta e reaproveitamento de produtos estão alinhando sua prática à economia circular, ao mesmo tempo em que cumprem critérios ESG.

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