DreamWorks e Lenovo: a tecnologia por trás de ‘Robô Selvagem’

Robô Selvagem têm sido amplamente elogiado pela crítica, e isso se deve, em grande parte, à robusta infraestrutura tecnológica da DreamWorks

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4:25 pm - 12 de novembro de 2024
Imagem: Divulgação/DreamWorks Animation

A DreamWorks Animation, conhecida por suas animações icônicas como Shrek e Madagascar, continua a encantar o público com histórias e gráficos impressionantes. A mais recente delas em “Robô Selvagem”, que consumiu pouco mais de quatro anos para ser concluída e, nos bastidores, traz o uso intenso de tecnologias da Lenovo.

Kate Swanborg, vice-presidente sênior de Comunicações de Tecnologia e Alianças Estratégicas da DreamWorks Animation, revelou durante uma conversa com a imprensa em São Paulo que as parcerias estratégicas têm sido cruciais para o sucesso contínuo do estúdio, especialmente em seus filmes mais recentes.

O IT Forum teve a oportunidade de assistir ao filme “Robô Selvagem” para vivenciar de perto sua magia. A narrativa começa de forma despretensiosa: uma caixa contendo uma robô chamada Roz naufraga em uma ilha habitada somente por animais. Programada inicialmente para realizar tarefas específicas, Roz procura alguém que lhe atribua uma missão, refletindo a maneira como as inteligências artificiais (IAs) operam nos dias de hoje. Sem encontrar um propósito imediato, ela dedica dias a aprender a linguagem dos animais, em um processo semelhante ao aprendizado das IAs generativas.

Movida a energia solar, Roz explora a natureza. Apesar de sua semelhança física com os humanos – cabeça, braços e pernas – tal qual a IA, ela não foi programada para sentir emoções. Ao longo da história, Roz não consegue escapar dos sentimentos que emergem. Ao adotar um filhote de ganso, que ela batiza de Bico-Vivo, Roz começa a experimentar curiosidade, medo e até amor. O filme se torna uma lição profunda sobre sentimentos, maternidade, a conexão entre máquinas e natureza e o senso de pertencimento.

A tecnologia que dá vida a Roz

Os gráficos de “Robô Selvagem” têm sido amplamente elogiados pela crítica, e isso se deve, em grande parte, à robusta infraestrutura tecnológica da DreamWorks Animation. Kate destacou a importância da estabilidade e consistência dos sistemas utilizados pela equipe. “Pode parecer entediante, mas a estabilidade é absolutamente crítica”, enfatiza. Com estações de trabalho fornecidas pela Lenovo, a DreamWorks garante que suas máquinas operem ininterruptamente, permitindo que os artistas se concentrem na criatividade sem interrupções técnicas.

Durante o dia, os artistas utilizam as estações para desenvolver personagens e cenários. Quando os artistas fazem uma pausa, um programa monitora a inatividade e aloca essas máquinas para o render farm, processando as complexas imagens que compõem o filme. “Nossas estações de trabalho nunca são desligadas. Do dia em que as implementamos até a desativação, elas trabalham 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano. Elas não falham”, afirma Kate.

Parceria estratégica

A relação entre a DreamWorks e a Lenovo vai além do fornecimento de hardware, revela Kate. A Lenovo atua como uma consultora tecnológica, compreendendo as necessidades específicas do estúdio e oferecendo soluções personalizadas. Isso inclui a identificação dos diferentes perfis dentro da empresa – artistas, designers, executivos – e a adequação das ferramentas e suportes para cada um.

Enquanto artistas podem necessitar de estações de trabalho com alto desempenho gráfico, executivos em constante movimento, como Kate, se beneficiam de dispositivos leves e portáteis, como o Lenovo ThinkPad X1. “Eu amo tanto este dispositivo. É tão pequeno”, encanta ela.

A Lenovo também contribui com sua ampla rede de parceiros tecnológicos, garantindo que a DreamWorks tenha acesso às mais recentes inovações em processadores e GPUs. Utilizando uma combinação de processadores Intel Xeon, AMD EPYC e GPUs NVIDIA RTX A6000, a DreamWorks assegura que suas demandas de processamento sejam atendidas com eficiência e consistência. “Contamos com a Lenovo para unir tudo, de modo que sistemas com diferentes configurações possam trabalhar harmoniosamente”, diz Kate.

Roz da vida real

“Robô Selvagem” não é apenas um triunfo tecnológico, mas também uma narrativa que toca profundamente em temas contemporâneos. A jornada de Roz reflete questões sobre inteligência artificial, emoções e a busca por conexão em um mundo cada vez mais digitalizado. A crítica tem sido positiva, destacando não apenas os gráficos, mas também a profundidade emocional da história.

Kate aponta que a adaptação do livro homônimo exigiu um trabalho cuidadoso para permanecer fiel à visão do autor, ao mesmo tempo em que traduzia a riqueza da narrativa para a tela grande. “Trabalhamos diretamente com o autor para garantir que o filme seja algo que ele ame e do qual se orgulhe”, compartilha.

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Déborah Oliveira

Editora-chefe e diretora de Conteúdo do IT Forum, Déborah Oliveira é jornalista com mais de 17 anos de experiência na área de TI. Tem passagens pelas redações da Computerworld, CIO e IDG Now!. Bacharel em Jornalismo, com graduação executiva em Marketing, e MBA em Marketing. Em 2018, foi vencedora do prêmio de melhor Jornalista de TI no Brasil, do Cecom. Em 2019 e 2020, foi destaque do mesmo prêmio na categoria Telecom. É uma das autoras do livro “Da Informática à Tecnologia da Informação – Jornalistas Contam Suas Histórias”, pela editora Reality Books, lançado em 2020.

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