Nokia quer transformar o mercado de data centers no Brasil

Automatização e segurança para a era da IA são os pilares da nova aposta no País em parceria com Furukawa

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6:34 pm - 21 de outubro de 2024
Ricardo Cainé, diretor da unidade de negócio de IP da Nokia Brasil. Foto: Divulgação

A Nokia e a Furukawa anunciariam a ampliação da parceria no Brasil, com o lançamento de soluções voltadas para a automação de data centers. Desde 2022, as empresas trabalham juntas para oferecer tecnologias ópticas avançadas (Passive Optical Lan, POL) na América Latina, e agora reforçam a colaboração para impulsionar o mercado de data centers no País, com foco em automação, segurança e eficiência.

Ricardo Cainé, diretor da unidade de negócio de IP da Nokia Brasil, contou ao IT Forum que a solução, turbinada com inteligência artificial (AI), simplifica o gerenciamento de data centers e provou ser capaz de reduzir o esforço operacional em até 40%.

A parceria também inclui a oferta de um sistema operacional de redes e roteadores baseados em Linux (SR Linux, 7750 SR e 7220 IXR), bem como o software de detecção e mitigação de ataques DDoS, tecnologias que já estão disponíveis para o mercado brasileiro.

Automatização e segurança como diferenciais

Com a evolução do mercado de data centers e a crescente demanda por processamento próximo ao cliente — movida pelo crescimento do edge computing -, a Nokia trouxe ao Brasil a nova linha de produtos para data centers que aposta na automação e na segurança das redes.

Cainé destaca que a chave para a montagem rápida de um data center é a automação, garantindo agilidade e um ambiente livre de erros. “Estamos apostando em edge data centers, levando o processamento para perto do cliente, o que é fundamental para setores como o governo, por exemplo, que demanda alta capacidade para viabilizar iniciativas de cidades inteligentes”, pontua.

As novas soluções de data center trazem recursos de automação programável e um software aberto que facilita a integração com outros sistemas, permitindo que parceiros e clientes possam agregar valor de forma independente.

Essa abertura, garante ele, é um diferencial importante para garantir a flexibilidade e a eficiência necessárias em um mercado que está se descentralizando, com a crescente aposta no edge computing e a descentralização dos data centers.

Oportunidade para o mercado brasileiro

Segundo Cainé, o mercado de data centers no Brasil apresenta um ciclo de atualização tecnológica acelerado, impulsionado pela descentralização das infraestruturas e pela necessidade de atender às demandas de tecnologias emergentes como a IA. “Estamos falando de um mercado endereçável de milhares de clientes no Brasil. O País lidera na América Latina, inserido em um contexto global onde as atualizações de equipamentos movimentam cerca de US$ 130 trilhões por ano”, destaca.

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Déborah Oliveira

Editora-chefe e diretora de Conteúdo do IT Forum, Déborah Oliveira é jornalista com mais de 17 anos de experiência na área de TI. Tem passagens pelas redações da Computerworld, CIO e IDG Now!. Bacharel em Jornalismo, com graduação executiva em Marketing, e MBA em Marketing. Em 2018, foi vencedora do prêmio de melhor Jornalista de TI no Brasil, do Cecom. Em 2019 e 2020, foi destaque do mesmo prêmio na categoria Telecom. É uma das autoras do livro “Da Informática à Tecnologia da Informação – Jornalistas Contam Suas Histórias”, pela editora Reality Books, lançado em 2020.

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