Seis em 10 trabalhadores brasileiros se preocupam com impacto da IA no trabalho

Pesquisa global da Michael Page indica que brasileiros acreditam que IA terá um grande efeito em seus planos de carreira

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9:00 am - 18 de junho de 2024
Imagem: Shutterstock

A inteligência artificial está transformando o mercado de trabalho – e preocupado os trabalhadores brasileiros. É o que revela um estudo global divulgado recentemente pela Michael Page. Para 60% dos profissionais brasileiros, o impacto da IA no trabalho é grande e afeta planos de carreira a logo prazo, superando as médias global (52%), da América Latina (50%) e de países como México (48%), Argentina (26%), Panamá (25%), Chile (22%), Colômbia (18%) e Peru (16%).

Curiosamente os profissionais brasileiros também lideram o uso de IA no trabalho. Segundo o levantamento, 37% utilizam a tecnologia em suas funções. Os profissionais da Colômbia aparecem logo na sequência, com 29%, seguidos por Peru e Panamá (28%), Chile (27%), Argentina (24%) e México (23%). A média na América Latina ficou em 28%, enquanto a global em 30%.

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“Ainda estamos explorando as melhores maneiras de trabalhar com a inteligência artificial. Como ocorre com qualquer nova tecnologia, ela gera preocupações em muitas pessoas, incluindo sobre a manutenção de seus empregos”, diz Ricardo Basaglia, CEO da Michael Page no Brasil. “Essa preocupação é legítima e natural. No entanto, é importante lembrar que quanto mais as pessoas se qualificarem, menos serão afetadas.”

Os dados fazem parte da pesquisa global Talent Trends 2024, e foi feita entre novembro e dezembro de 2023 em 37 países. Contou com a participação de aproximadamente 50 mil profissionais em todo o mundo, que atuam em empresas de diferentes segmentos e portes.

Novos planos

A pesquisa também buscou entender até que ponto o uso de IA está influenciando as decisões sobre a carreira dos profissionais. Quem mais acredita nessa influência são os profissionais da Argentina (26%), seguidos por Panamá (25%), Chile (22%), Colômbia e Brasil (18%) e México e Peru (15%). A média na América Latina ficou em 21%.

Para Basaglia, o momento é propício para as empresas assumirem “o controle da narrativa, aumentar seu conhecimento sobre IA e definir uma estratégia que se concentre nos possíveis benefícios dessa tecnologia inovadora”. Para ele, isso aumentaria “as oportunidades que a IA oferece e minimizando os possíveis danos”.

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Redação

A redação contempla textos de caráter informativo produzidos pela equipe de jornalistas do IT Forum.

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