Inovação exige atualização constante, atesta estudo da Dell

Empresas se consideram inovadoras, mas temem se tornarem irrelevantes se não seguirem com estratégia nos próximos anos

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10:31 am - 20 de setembro de 2023
Diego Puerta, presidente da Dell Technologies Brasil: Foto: Divulgação

A Dell Technologies apresentou ontem (19/9) os resultados do Innovation Index (Índice de Inovação), que avaliou o grau de maturidade das empresas brasileiras em relação à adoção de inovações capazes de impactar seus resultados de negócios. Os números revelam uma complexa paisagem de desafios e oportunidades no cenário de inovação do País.

De acordo com o Innovation Index, 83% dos executivos das empresas participantes do estudo no Brasil classificaram suas organizações como inovadoras. No entanto, 52% desses mesmos executivos temem que suas empresas se tornem irrelevantes nos próximos 3 a 5 anos, com base na velocidade de implementação de projetos e na cultura de inovação.

O levantamento, realizado em parceria com a empresa de pesquisa de mercado Vanson Bourne, contou com entrevistas com 6,6 mil líderes de negócios e tecnologia em mais de 45 países, sendo 300 deles no Brasil. O objetivo foi identificar a importância da inovação para as organizações e avaliar como elas estão estruturadas em termos de tecnologia, processos e pessoas para obter resultados concretos nos curto e médio prazos.

As empresas brasileiras foram classificadas em cinco categorias principais de acordo com seu grau de maturidade em inovação: Líderes, Adotantes, Avaliadores, Seguidores e Retardatários. Apenas 5% das empresas no Brasil foram classificadas como “Líderes em Inovação”, número superior à média global de 2%. Essas companhias são reconhecidas por sua estratégia completa de inovação e pela preparação para enfrentar desafios econômicos e ambientais.

A categoria “Avaliadores da Inovação” foi a mais comum no Brasil, representando 42% das empresas entrevistadas. O cenário indica que a maioria das organizações está ciente da importância da inovação, mas a implementação de planos ainda está em estágios iniciais ou é gradual.

Um dos principais destaques do estudo é a correlação entre inovação e crescimento de negócios. Empresas classificadas como “Líderes” e “Adotantes” da Inovação enfrentam 3,2 vezes menos escassez de mão de obra qualificada do que aquelas classificadas como “Seguidores” e “Retardatários”. Além disso, as organizações mais maduras para a inovação são 2,6 vezes mais propensas a ter um crescimento acelerado, superando 15% ao ano em 2022, e são 1,8 vezes mais resilientes, crescendo mesmo durante períodos de recessão e incertezas econômicas.

Inovação constante

Diego Puerta, presidente da Dell Technologies Brasil, destacou a importância da inovação para o sucesso das organizações e enfatizou a necessidade de investir na tríade pessoas, tecnologia e processos para impulsionar a jornada da inovação. “A inovação é um processo contínuo que transforma as empresas e é preciso ficar atento”, reforçou ele.

Ele destacou que o estudo revelou que aspectos culturais organizacionais, como a falta de uma cultura orientada para a inovação, podem ser um obstáculo importante. Quase metade (49%) dos executivos brasileiros acredita que os profissionais deixam suas empresas devido à dificuldade de inovar, e muitos identificam aspectos da cultura organizacional que restringem o processo de inovação.

Em relação aos processos, apenas 43% das empresas entrevistadas no Brasil afirmaram que seus projetos de inovação são baseados em dados, e pouco mais da metade (56%) alinham suas iniciativas inovadoras com metas de negócios. Isso sugere que a inovação ainda é tratada como algo pontual dentro das estratégias das empresas.

Quanto à tecnologia, 97% das organizações no Brasil reconhecem a importância de utilizar novas tecnologias para impulsionar a inovação, mas 46% admitiram que suas soluções tecnológicas atuais não são avançadas o suficiente e temem ficar atrás da concorrência.

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Déborah Oliveira

Editora-chefe e diretora de Conteúdo do IT Forum, Déborah Oliveira é jornalista com mais de 17 anos de experiência na área de TI. Tem passagens pelas redações da Computerworld, CIO e IDG Now!. Bacharel em Jornalismo, com graduação executiva em Marketing, e MBA em Marketing. Em 2018, foi vencedora do prêmio de melhor Jornalista de TI no Brasil, do Cecom. Em 2019 e 2020, foi destaque do mesmo prêmio na categoria Telecom. É uma das autoras do livro “Da Informática à Tecnologia da Informação – Jornalistas Contam Suas Histórias”, pela editora Reality Books, lançado em 2020.

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