Sem crise: SoftBank vai bem na América Latina e estuda continuar investimentos

Empresas do portfólio do conglomerado japonês impulsionaram com a crise da covid-19. Aporte mais recente foi em startup de e-commerce

Author Photo
11:04 am - 14 de maio de 2020

O conglomerado japonês SoftBank tem planos de seguir com os investimentos em startups na América Latina. Durante live recente organizada pela XP Investimentos, o sócio do SoftBank na América Latina, Paulo Passoni, disse que as startups que compõem o portfólio da companhia na região estão “indo muito bem” e que nesse momento, os investimentos novos e “mais óbvios” já foram feitos. Atualmente, cerca de 20 empresas latino-americanas receberam apoio do SoftBank, com aportes que as elevaram a título de unicórnios – quando passam a valer mais de US$ 1 bilhão.

Em abril do ano passado, o SoftBank injetou US$ 1 bilhão na startup colombiana Rappi, sendo o seu maior aporte feito na região. As brasileiras Loggi, Creditas, QuintoAndar, Gympass, Buser, Olist, Vtex, MadeiraMadeira, Volanty e Banco Inter também receberam cheques do conglomerado. Os investimentos na região saem do Softbank Latin America Fund, fundo de US$ 5 bilhões criado para investir em empresas de tecnologia na América Latina

Segunda onda

Passoni afirma que o fundo passa a focar agora em nomes que não seriam tão “óbvios”. “Daqui para frente pode haver empresas novas que não estavam nesse filtro inicial. Esperamos fazer alguns desses investimentos neste ano”, anunciou. O executivo também sugeriu que o SoftBank avalia investir novamente nas startups do portfólio que já estão indo bem.

Se na primeira leva de aportes, Passoni diz que foram selecionadas entre 15 e 18 empresas de um total de 300 startups, agora parece ser a hora do Softbank ir novamente “às compras”. “Escolhemos as empresas que achamos que conseguiriam usar o capital para algo positivo, fazer alguma aquisição, com excelentes empreendedores atrás e com negócios saudáveis”.

Em meio à pandemia da covid-19, o Softbank fez um significativo investimento em uma startup, a Petlove, empresa de e-commerce de produtos para animais de estimação. Foram dedicados R$ 250 milhões.

Passoni também destacou as startups que conseguiram impulso em meio à crise. A Rappi sendo uma delas. Com o isolamento social e pessoas comprando cada vez mais pela internet, a Rappi viu, segundo ele, um crescimento em um ritmo muito mais rápido que o esperado. “Foi muito mais do que 100%”, afirmou. “Hoje estou mais feliz com nosso portfólio do que estava há seis meses”, destacou.

Newsletter de tecnologia para você

Os melhores conteúdos do IT Forum na sua caixa de entrada.

 

Pular para a barra de ferramentas