América Latina tem fortes candidatos ao título de Super App; confira nomes
Esse é o nome dado a aplicativos com múltiplas funções, como o WeChat, na China; crescimento da região propicia surgimento de gigantes locais

Com as melhorias de conexão e um número cada vez maior de pessoas utilizando smartphones, mais aplicações se juntam a um tipo diferente de produto: os super apps. Com exemplos mais expressivos vindos da China, esse tipo de aplicativo se diferencia dos “normais” tanto pelo número de usuários como pelas diferentes funções executadas.
Liga de Startups
O exemplo mais expressivo dessa categoria é o WeChat, usado na China. Fundado em 2016 como um aplicativo de mensagens, ele foi incorporando outras funções ao longo do tempo, com destaque para sua carteira digital conectada com a conta bancária, que se tornou a forma principal de pagamento dos chineses. Atualmente, o aplicativo tem mais de 1 bilhão de contas cadastrados e 800 milhões de usuários ativos.
Atualmente, existem outras empresas espalhadas pelo mundo classificadas como super aplicativos. Nascida em Singapura como um app de corridas, a Grab agora conta com serviços como delivery de comidas, e plataforma de pagamentos. Já a payTM, da Índia, nasceu como uma companhia de recarga de celulares e agora também opera no mercado financeiro.
Pódio Latam
Com uma população estimada em 650 milhões de pessoas, sendo que 62% desse total possui o celular como principal meio para acessar a internet, cresce a probabilidade de que a região seja a terra-natal de um dessas soluções mais parrudas.
Em um momento aquecido no ecossistema de startups, com diversas empresas conquistando o título de unicórnio (com valor de marcado acima de US$ 1 bilhão), existem apps que já iniciaram um movimento de expansão dos seus serviços.
E, por contar com uma base de usuários expressiva, têm grandes chances de ocupar essa categoria pequena, mas com grande potencial de expansão — e lucro. Confira alguns candidatos:
- Rappi – Com investimentos feitos por fundos do porte de Andreessen Horowitz e SoftBank, a startup colombiana já opera no Brasil, México, Peru, Uruguai, Chile e Argentina. Começou atuando como delivery de alimentos, mas já fornece serviços como aluguel de e-scooters, pagamentos e transferências.
- Mercado Pago – Gigante argentina do setor de marketplace e e-commerce, desenvolveu também o Mercado Pago, plataforma que gerencia transferências de valores. Em outros países da América Latina, a solução atua de fato como um banco, permitindo o pagamento de contas, e investimentos. Por ano, opera mais de 400 milhões de transações.
- Movile – Tendo o iFood como marca mais forte do portifólio, a companhia de Campinas também é dona do PlayKids (aplicativo voltado para entretenimento infantil), Sympla (gestão de ingressos) e Maplink (localização geográfica). Além do Brasil, está presente no México, Colômbia e Argentina.
Promessas BR
Surpreende um total de zero pessoas que outros dois exemplos locais sejam do setor financeiro. São essas:
- Nubank – Com valor de mercado acima dos US$ 10 bilhões, a marca roxinha não pode ser classificada como um super app por concentrar suas operações ainda no meio financeiro. Porém, ela tem plena capacidade de fazer essa virada. Lançou recentemente escritórios no México, Argentina e Colômbia, onde pretende oferecer sua solução carro-chefe: o cartão de crédito que pode ser controlado pelo celular.
- Banco Inter – empresa pública avaliada em US$ 7 bilhões, a companhia lançou recentemente um marketplace no qual é possível fazer compras de eletrônicos a pacotes de turismo, além de serviços como recarga de celular e cartões de presente.
Com informações do TechCrunch